Futebol

'Vou para a CBF para esclarecer tudo', afirma Del Nero em volta ao Brasil

29 mai 2015 às 08:54

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, está no Brasil. O dirigente desembarcou nesta sexta-feira, no aeroporto do Galeão, no Rio, às 4h40, em um voo vindo de Frankfurt, na Alemanha. Ele deixou o Congresso da Fifa, realizado em Zurique (Suíça), na quinta, em meio ao maior escândalo de corrupção do futebol.

Del Nero foi breve nas declarações ao desembarcar. "Vou para casa e tomar banho. Depois, vou para a CBF para esclarecer tudo", afirmou.


O nome do presidente da CBF não é citado nominalmente no documento divulgado pela Justiça norte-americana na quarta-feira, mas a reportagem apurou que Del Nero faz parte das investigações de fraude e corrupção, embora não tenha sido convocado a depôr e não exista um pedido de prisão contra ele.


O dirigente deve ser o principal alvo da CPI no Senado para investigar crimes de corrupção na CBF. O senador Romário (PSB-RJ) é o autor do requerimento e já avisou que Del Nero será o primeiro convocado. "Assim como o Marin, comprovadamente um ladrão, ainda temos que tirar outro câncer do futebol, o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero", disse.


O Ministério da Justiça também informou na quinta-feira que será aberto um inquérito pela Polícia Federal para investigar se foi praticado crime no Brasil relacionado ao escândalo da Fifa. A investigação, que irá correr na Superintendência da Polícia Federal no Rio, vai apurar possíveis práticas de evasão de divisas e de lavagem de dinheiro.


A CBF, inclusive, se antecipou e decidiu não esperar pela visita dos agentes da Polícia Federal (PF) e optou por entregar "de forma espontânea" ao Ministério Público Federal (MPF) os contratos firmados nos últimos anos. A informação foi divulgada em nota pela entidade no início da noite de quinta-feira.


Del Nero vai se reunir com os outros dirigentes da CBF nesta sexta-feira e, após o encontro, deve conceder uma entrevista coletiva.

EM ZURIQUE - Joseph Blatter, presidente da Fifa, abriu o Congresso anual da Fifa apelando por "unidade" e se recusa a aceitar a responsabilidade pela crise. Nesta sexta-feira, ele concorre a um quinto mandato à frente da entidade.


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