As corrosões das estruturas metálicas, falta de segurança contra incêndio e pouca proteção contra descargas atmosféricas (falta de pára-raios) foram os principais problemas constatados pelas vistorias realizadas nos estádios Couto Pereira, do Coritiba e Pinheirão, da Federação Paranaense de Futebol, mas sob responsabilidade do Paraná Clube. A quatro dias do início do Campeonato Paranaense os estádios continuam sob suspeitas.
As vistorias realizadas pela Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi), o Corpo de Bombeiros e o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea/PR) podem resultar em interdições por falta de segurança.
"Vamos aguardar os laudos técnicos que devem chegar em até 20 dias antes de tomarmos algumas providências. De um modo geral os campos visitados precisam de reparos, mas nada suficiente para adiarmos esses jogos marcados", informou o engenheiro Jorge Castro, da Cosedi.
A vistoria do Couto Pereira não pôde ser acompanhada pela imprensa, mas o clube teve que se comprometer a colocar extintores de incêndio. "Não há sistema de hidrante e extintores, porém houve o comprometimento de solucionar o problema", disse a Cosedi. A assessoria de imprensa do Coritiba informou que será colocadas pequenas grades de proteção para os extintores e ficarão à disposição para qualquer emergência.
No Pinheirão os problemas mais graves estão localizados nas chapas que fixam os pilares de sustentação das coberturas metálicas. "Elas estão corroídas e podem até cair sobre o público se não houver a troca. Além disso pedimos um estudo atestando a estabilidade da estrutura metálica sobre ventamentos, para evitar riscos durante um período de ventos", declarou Castro.
Apesar de não significar riscos diretos ao público o Pinheirão apresenta uma série de infiltrações e o ambiente é bastante úmido. A maioria da fiação está sendo trocada, mas ainda há grande quantidade de fios sem revestimento.
A iniciativa da vistoria foi do Crea/PR. Segundo o presidente do Crea/PR, engenheiro Roberto Pupo Maia, o conselho quer uma inspeção feita de forma isenta e preocupada com a infraestrutura do imóvel. Até o ano passado as vistorias eram feitas por profissionais indicados pela federação. "O nosso papel é alertar a sociedade sobre os perigos que podem representar uma obra sem inspeção", disse Pupo.
Leia mais em reportagem de Julio Cesar Lima, na Folha do Paraná desta quarta-feira