Após a saída de Muricy Ramalho, a diretoria do São Paulo chegou a consultar a situação do português Andre Villas-Boas para assumir o cargo de técnico, mas ouviu do treinador que não seria possível deixar o Zenit (RUS) agora. Isso, porém, não significa que o europeu não possa um dia desembarcar no Morumbi ou a outra equipe do futebol brasileiro.
"Não houve nada (proposta do São Paulo). E não posso neste momento, porque estou com o meu foco no Zenit. Trabalhar no Brasil é uma ambição que tenho, porque seria trabalhar com o talento. Eu poderia levar os conceitos europeus de treinos. Sei que passaram outros europeus pelo futebol brasileiro, mas é uma ambição que tenho", contou Villas-Boas ao 'UOL Esporte'.
Ter um europeu no comando do time era um sonho do vice-presidente de futebol do Tricolor, Ataíde Gil Guerreiro, mas foi rapidamente derrubado com a impossibilidade de Villas-Boas deixar o Zenit. Mas essa não foi a primeira vez que o português esteve na pauta são-paulina e acabou frustrando os planos dos cartolas. Em 2012, Juvenal Juvêncio e o ex-diretor de futebol, Adalberto Baptista, chegaram a fazer proposta a André.
"É verdade, todos sabem. Conversamos, mas realmente apareceu a proposta (do Tottenham) e não aconteceu. Eu me identifico com o São Paulo, porque foi o primeiro clube no Brasil a conversar comigo. Tenho respeito pelo Adalberto e pelo senhor Juvenal. Sou profissional e não me fecho para nada. Não se sabe o dia amanhã e não é impossível que eu trabalhe no Brasil em breve. Vai depender do projeto e das pessoas", explicou.
Villas-Boas tem 37 anos e está no comando do Zenit, da Rússia, desde janeiro de 2014. Antes, o português foi técnico de Porto (POR), onde obteve maior sucesso na carreira, Chelsea e Tottenham, ambos da Inglaterra. Como auxiliar, fez parceria vitoriosa com José Mourinho de 2003 a 2009 no Porto, no Chelsea e na Internazionale (ITA).