A venda de ingressos para o clássico entre Corinthians e Palmeiras foi marcada pela confusão nos guichês do novo Allianz Parque. Torcedores e seguranças do Palmeiras se enfrentaram na manhã desta quinta-feira, atrapalhando a venda dos bilhetes para o clássico de domingo, no Pacaembu.
A confusão teria começado quando um segurança brigou com um sócio-torcedor que estava nas dependências do estádio em construção, de acordo com informações do clube. Houve revolta dos torcedores que desde quarta se aglomeram no local para a compra dos 2 mil ingressos colocados à disposição à torcida do clube. Teve empurra-empurra, com trocas de socos e pontapés. Um torcedor foi visto sangrando no rosto.
"Houve troca de agressões e depredação do patrimônio da S.E.P [Sociedade Esportiva Palmeiras] por parte de outros presentes", comunicou o Palmeiras, que negou ter havido invasão de propriedade. "As pessoas que estavam dentro do clube eram sócias e portanto tinham permissão para acessar aquele local".
O clube afirmou que vai investigar a causa da confusão e que o funcionário envolvido na briga será preventivamente afastado. "Um processo de sindicância para apuração de fatos já foi instaurado e medidas rigorosas serão tomadas contra os culpados. O funcionário envolvido na confusão foi preventivamente afastado e, se comprovada falha de conduta, será sumariamente desligado do quadro de colaboradores".
O jogo de domingo é considerado de alto risco por parte da segurança de São Paulo. Há duas semanas, torcedores uniformizados do Corinthians invadiram o CT do clube para protestar contra o mau futebol dos jogadores. O caso foi parar na polícia. A PM preocupa-se com a segurança de palmeirenses e corintianos. Por essa razão, o efetivo será reforçado no Pacaembu.
A confusão nas bilheterias do Palmeiras ocorreu minutos depois de representantes dos dois rivais anunciarem entrevista em conjunto de seus treinadores e presidentes no Pacaembu para promover a paz, jogo e no futebol. O Palmeiras ocupa posição mais confortável no Paulistão. O Corinthians precisa ganhar para espantar a crise.