O Atlético é o novo campeão Brasileiro. A equipe paranaense colocou a mão no caneco com a vitória de 1 a 0 sobre o São Caetano. O herói do título foi mais uma vez o atacante Alex Mineiro, que fez o seu oitavo gol em quatro partidas e soma 17 no campeonato, empatando com Kléber.
Ficou apenas na lembrança o futebol envolvente da primeira partida em Curitiba. O jogo no estádio Anacleto Campanella começou disputado, estudado e nervoso. O árbitro Carlos Eugênio Simon mostrou cartão amarelo para Nem, aos sete minutos. O zagueiro fez falta em Anaílson. Logo depois Rogério Corrêa e Adriano receberam a mesma punição.
O campo estava pesado com a chuva em São Caetano e além disso também ventava muito, o que dificultou o desenvolvimento de um melhor futebol pelos dois times.
O time paulista ganhou confiança e Magrão tentou surpreender Flávio aos 16 minutos, arriscando de fora da área. Três minutos depois Esquerdinha bateu falta e Flávio defendeu em dois tempos. O rubro-negro chegou com perigo ao gol de Sílvio Luís, aos 22, em uma cabeçada de Nem. Alex Mineiro foi parado com falta, aos 27 minutos. Kléberson chutou rasteira rente ao travessão.
A primeira jogada de perigo aconteceu aos 29 minutos. O lateral esquerdo Marcos Paulo buscou a linha de fundo e cruzou. Gustavo abriu a perna e nenhum jogador do Azulão chegou para conferir. Adãozinho assustou Flávio, aos 36, com um chute de longa distância. A bola passou rente ao poste superior do goleiro atleticano.
Como o gol não saía, os jogadores do São Caetano passaram a abusar do jogo violento. Cocito levou um chute na coxa esquerda e o árbitro gaúcho nem tomou conhecimento. Depois foi a vez de Alessandro ser caçado. O ala direito levou um pisão na cabeça. Quando foi retirado de campo, o maqueiro jogou-o ao chão, criando um tumulto.
Aos 43 minutos Alex Mineiro deixou a sola e o zagueiro Daniel reclamou da jogada. Um minuto depois Esquerdinha cruzou para Magrão. Mas a bola acabou indo direto e passou perto do gol, deixando Flávio novamente irritado com a liberdade do meia paulista.
Apesar da vantagem conquistada no jogo de ida, quando venceu por 4 a 2. O nervosismo atleticano favoreceu o adversário. No início da partida foram muitas bolas rifadas. A defesa, sempre pressionada, chutava a bola para frente. E a defesa do time paulista sempre ficava com a segunda bola. Mas a liberdade terminava na intermediária.
Para ficar o título do Campeonato Brasileiro da Série A, o São Caetano precisava vencer o Atlético por dois gols de diferença. No segundo tempo o técnico Jair Picerni optou por uma tática ofensiva. O volante Serginho saiu e entrou o atacante Bechara. Como até os dez minutos o time paranaense continuava absoluta na defesa, Picerni tentou outra modificação: o veterano Muller no lugar do lateral esquerdo Marcos Paulo.
A mudança abriu a defesa do Azulão. Kléber perdeu a chance de abrir a contagem, aos 14 minutos. O atacante puxou o contra-ataque com apenas um homem na marcação. Poderia ter servido Alex Mineiro, mas preferiu a jogada individual. Acabou perdendo a bola na área. Aos 18, Kleberson concluiu da intermediária, assustando Sílvio Luís.
O melhor ataque da competição venceu a melhor defesa aos 21 minutos. Fabiano penetrou em diagonal pela esquerda e chutou da entrada da área. O goleiro do São Caetano defendeu parcialmente. Alex Mineiro pegou o rebote e só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo da rede.
O gol tirou o time paulista do sério. Totalmente desorganizado a equipe de Jair Picerni foi para o ataque. Aos 29 minutos Muller bateu cruzado e Magrão chegou atrasado. Um minuto depois Bechara quase empatou a partida. Mas a sorte estava do lado dos atleticanos: a bola bateu no travessão superior. A partir dos 35 minutos a torcida rubro-negra começou a gritar: "É Campeão!".
Muller teve a chance de empatar a partida aos 46 minutos. O atacante recebeu a bola na frente de Flávio e chutou para fora. O Atlético soube tocar a bola e esperar pelo fim da partida para então comemorar o título de campeão.
São Caetano 0
Sílvio Luiz; Mancini, Daniel, Dininho e Marcos Paulo (Muller); Simão, Serginho (Bechara), Adãozinho e Esquerdinha (Marlon); Anaílson e Magrão. Técnico: Jair Picerni
ATLÉTICO 1
Flávio; Rogério Corrêa (Igor), Nem e Gustavo; Alessandro, Adriano, Cocito (Pires), Kleberson e Fabiano; Alex Mineiro e Kléber (Souza). Técnico: Geninho
Árbitro: Carlos Eugênio Simon
Estádio: Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul