O Vasco lutou, mostrou o coração de sempre, mas menos categoria que o habitual e caiu diante da forte Universidad de Chile, nesta quarta-feira (30), por 2 a 0, no estádio Santa Laura, em Santiago. O time chileno avança para a final da Copa Sul-Americana, a primeira decisão internacional da história do clube. O adversário será a LDU, do Equador.
A ordem para os cruzmaltinos agora é reagrupar, reunir forças, descansar e levantar a cabeça para encarar o Flamengo, no domingo (4), no jogo que pode render o título do Campeonato Brasileiro. "Não jogamos com todas as nossas armas. Quando optamos por lutar pelos dois títulos sabíamos que haveria o desgaste. Perdemos o Eder (Luís) e o Felipe para este jogo e não conseguimos avançar", avaliou Juninho Pernambucano. "Agora é recuperar e pensar no Flamengo".
"Sabíamos que seria muito difícil. Fizemos até um bom jogo, mas depois que ficamos com dez ficou complicado", comentou o goleiro Fernando Prass, citando a expulsão de Fagner, já no segundo tempo.
Os primeiro minutos foram de um surpreendente predomínio visitante, salvo uma estocada dos chilenos em que Vargas tentou o drible e Prass salvou. Os vascaínos impuseram uma pressão inesperada, levando perigo na bola parada de Juninho Pernambucano.
Os chilenos aos poucos, porém, foram aplicando a sua principal característica, a troca de passes precisos e rápidos. Assim, começou a encolher o Vasco e a ameaçar a meta de Prass. Depois de Aranguíz perder boa chance, os donos da casa chegaram à vantagem aos 31 minutos. O cruzamento da direita resultou em tumulto na área que a zaga cruzmaltina não conseguiu afastar. Depois de boa defesa de Prass, Canales pegou a sobra e abriu o marcador.
Precisando de mais força ofensiva, o técnico interino Cristóvão Borges voltou com Bernardo no lugar do volante Allan. Minutos depois, sacou o veterano Juninho, de 36 anos, e lançou o atacante Leandro. O time melhorou e esboçou voltar a pressionar. Com isso cedia espaços na defesa, um risco necessário. Aos 23 minutos, Vargas tentou encobrir Prass mas a bola saiu.
Dois minutos, o golpe fatal. Fagner acertou uma cotovelada (involuntária?) em Canales e foi expulso. Ato contínuo, Mena recebeu justamente no setor do lateral-direito e cruzou na medida para Vargas fazer seu oitavo gol na competição.
O Vasco ainda se esforçou durante alguns minutos, com o brioso zagueiro Dedé até dando uma de atacante, mas as forças se esvaíram e o sonho da tríplice coroa ficou pelo caminho.