O Vasco precisava se recuperar da derrota para o Fluminense na final da Taça Guanabara. O que o time alvinegro não precisava era de outro insucesso. Menos ainda da forma como foi o empate por 2 a 2 com o Bonsucesso, nesta quarta, em São Januário, na primeira rodada da Taça Rio. Depois de abrir vantagem de dois gols, a equipe cruzmaltina cedeu a igualdade em noite de futebol sofrível e sem vibração.
"Não deveríamos (estar abatidos), mas acho que estamos. Apresentamos altos e baixos", comentou o meia Juninho Pernambucano, que foi poupado dos primeiros 45 minutos, assim como Nilton e Diego Souza. "Precisamos reagir porque se jogarmos assim na terça vamos perder", disse, em referência à partida contra o Alianza Lima (PER), pela Libertadores, na semana que vem.
Talvez menosprezando o adversário, que fez fraca campanha na Taça Guanabara, o técnico Cristóvão Borges resolveu descansar um pouco o trio. Se houve prepotência, ela foi devidamente castigada. O resultado só não foi pior porque a arbitragem ignorou impedimento claro de Alecsandro no gol que abriu o marcador, logo a 3 minutos de partida.
Ao escorar para o gol vazio o cruzamento de Fagner, Alecsandro deu a falsa impressão de que a vitória viria com tranquilidade. Depois de 15 minutos, tal sensação se desfez.
A opção de Borges por três atacantes dava mais presença ofensiva, mas alijava o meio de campo de maior criatividade. Felipe não contribuía com as trocas de passes entre William Barbio, Carlos Tenório - que fez sua estreia, com muita luta -, Fagner e Alecsandro.
"A parte física está pesando. Um jogo atrás do outro. Há um desgaste", justificou Alecsandro o desempenho ruim do Vasco.
Borges, então, mandou a campo a turma que descansou na primeira etapa. Juninho e Nilton entraram no intervalo, Diego Souza mais tarde. Mas o futebol continuou opaco. O lampejo foi a tabela da dupla veterana. Felipe, Juninho, Felipe e gol.
Daí por diante, o Bonsucesso tomou as rédeas. Quatro minutos depois, Diogo levantou na área, ninguém conseguiu o desvio, mas a curva da bola a levou para o fundo das redes. Aos 26, Jefferson serviu Marco Goiano, que chutou de primeira e completou a reação.
Os vascaínos ainda tentaram uma pressão final e Barbio perdeu duas grandes chances. De resto, toques laterais, erros de passe e vaias dos poucos torcedores presentes ao estádio. Jefferson ainda foi expulso injustamente aos 42, mas de pouca serventia foi a curta vantagem numérica para os donos da casa.