Veja o gol:
A guerra fria entre o meia Valdivia e a Mancha Alviverde, maior torcida organizada do Palmeiras, teve mais um capítulo nesta quinta-feira. Um dos principais alvos das cobranças da uniformizada, que xingou o time mesmo após a conquista do acesso à Série A, no 0 a 0 com o São Caetano, sábado, o chileno ironizou:
- Agora eles pagam os ingressos... E o fato de você pagar ingresso dá o direito de fazer o que quiser na arquibancada. Depois do jogo não fui para casa pensando no que aconteceu com essa parte da torcida. Pelo contrário, fui feliz pelo reconhecimento da grande maioria, que elogiou o time, que sabe o quanto a gente sofreu para voltar para a Série A - disse o camisa 10, pivô de uma crise entre clube e organizadas.
Após a derrota por 1 a 0 para o Tigre (ARG), ainda pela Libertadores, em março, membros da Mancha Alviverde perseguiram Valdivia no aeroporto de Buenos Aires e causaram grande confusão com quase todo o elenco. A maior vítima foi o goleiro Fernando Prass, que sofreu um corte na orelha ao ser atingido por estilhaços de uma xícara arremessada por um dos revoltados.
O presidente Paulo Nobre cortou todos os benefícios dados pelo clube a todas as organizadas após o episódio e nem sequer está aberto para diálogo. De acordo com a Mancha, o único alvo daquele ataque era Valdivia, que fez gestos ofensivos a um de seus membros antes do jogo.
- Já falei muitas vezes que a torcida do Palmeiras é gigante. Se tem uma parte da torcida, uma minoria, que vaia e pega no meu pé, na verdade eu fico feliz de poder ter ajudado e contribuído nessa nossa volta para a Série A. Sempre vou agradecer o carinho do torcedor. Nas vezes que fui vaiado, ou que o time foi vaiado, se não me engano não teve nenhum comportamento nosso contra a torcida que vaiou, que xingou. Eu tenho palavra de agradecimento a esse torcedor que apoia, que parabeniza o time, meu trabalho - completou Valdivia.