Futebol

Valcke preocupado com atraso dos estádios e manifestações

12 jan 2014 às 17:29

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, não poupou a organização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil durante entrevista à rádio francesa France Bleu neste domingo. O dirigente criticou desde os atrasos na entrega dos seis estádios que ainda estão em conclusão para o Mundial, passando por infraestrutura e receio com as manifestações nas ruas.

- O problema é que eles (estádios) serão entregues perto demais do início da primeira partida. A grande dificuldade é que não temos um período de testes. Nós (da Fifa) não podemos treinar - disse Valcke.
Aeroportos e mobilidade urbana, dois pontos prometidos pelo governo brasileiro como dois dos legados de sediar uma Copa, também foi alvo de críticas do secretário-geral da Fifa.


- Nos deparamos com uma infraestrutura que não está perfeitamente no ponto, quando sabemos que isso é fundamental para garantir um melhor fluxo de pessoas dos aeroportos às cidades, das cidades aos estádios, etc. Haverá com certeza problemas já que é um país do tamanho de um continente - continuou, para depois emendar:


- Não sabemos como será a reação das ruas - disse, em alusão aos protestos de junho no Brasil que levaram milhões de manifestantes às ruas que pediam, entre outras coisas "hospitais e educação padrão Fifa".
Mas nem tudo, na visão de Valcke, são preocupações. O dirigente acredita que, no fim das contas, o saldo será positivo.


- Há um conjunto de coisas que farão com que este Mundial discorra maravilhosamente bem. O Brasil é a Meca do futebol, é um Mundial único.

Na semana passada, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, também criticou o Brasil, em uma entrveista ao jornal suíço 24 Horas. Na ocasião Blatter disse que o país é o mais atrasado na preparação da Copa desde que ele está na Fifa e o que teve mais tempo para se preparar: sete anos desde o anúncio da sede. A declaração mereceu uma carta aberta da presidente Dilma Rousseff, que defendeu a preparação do país e reiterou a confiança na "melhor Copa de todos os tempos". Na carta, a presidente não citou diretamente as declarações de Blatter.


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