Faleceu no Hospital Clínico de Madrid o torcedor do Deportivo La Coruña que havia sido internado pela manhã depois de uma briga de grandes proporções entre os "ultra" (as organizadas radicais) do seu clube e do Atlético de Madrid. As autoridades espanholas ainda não relevaram o nome do torcedor, apenas que ele tinha 43 anos e deixa um filho.
De acordo com a imprensa espanhola, cerca de 180 pessoas participaram da briga, que começou por volta das 9 horas em Madri, três horas antes da partida. O torcedor foi jogado no rio Manzanares, que passa perto do Estádio Vicente Calderón, e encontrado com uma lesão na cabeça. Quando resgatado, ele já havia sofrido uma parada cardiorrespiratória.
Ainda segundo a imprensa espanhola, o torcedor, que estava internado em estado crítico, sofreu nova parada cardíaca e faleceu por volta das 14 horas locais - 11 horas pelo fuso de Brasília. Outras 11 pessoas ficaram feridas, entre elas um policial. Catorze torcedores foram presos.
A Liga BBVA, que organiza o Campeonato Espanhol, disse que tentou suspender a realização da partida, sem sucesso. Quando o jogo começou, já era pública a informação de que o torcedor estava internado em estado crítico. A partida teve clima de velório e o Atlético venceu por 2 a 0.
"Nem o Atlético, nem o Deportivo e nem o futebol têm nada a ver com o que ocorreu muito perto do nosso estádio. São grupos radicais que têm suas histórias e rivalidades. Pregamos a paz e o consenso", disse o presidente do Atlético, Enrique Cerezo.
Já o técnico Diego Simenone afirmou, após o jogo, que este é um "problema social". O treinador revelou que, ao vestiário do Atlético, em nenhum momento chegou a possibilidade de a partida não acontecer. Às 14 horas de Brasília o Sevilla recebe o Granada.