O técnico Tite se orgulha dos bons números no comando do Corinthians, com quase 70% de aproveitamento. Nos clássicos da capital ele ostenta grandes marcas, mas quando o rival é o Santos, com quem fará uma das semifinais da Libertadores, a coisa muda. O time da Vila Belmiro é uma pedra no sapato do treinador e ele passará os próximos 20 dias que antecedem o confronto de ida buscando uma melhor maneira para modificar o retrospecto preocupante.
Foram seis confrontos com o Santos desde o retorno de Tite para o time alvinegro, no fim de 2010, e apenas uma vitória, no primeiro confronto, no Pacaembu, justamente quando sua equipe passava por momento delicado: 3 a 1 num jogo em que os santistas prometiam devolver os 7 a 1 do Campeonato Brasileiro de 2005.
A festa foi corintiana, mas desde então, nada de motivos para festa. Nos cinco confrontos seguintes, três derrotas e dois empates. A mais amarga veio na decisão do Campeonato Paulista de 2011 após um 0 a 0 em casa, com derrota na Vila por 2 a 1 e comemoração santista.
Ano passado as equipes ainda se encontraram outras duas vezes, na campanha do título nacional do Corinthians. E, se a campanha corintiana foi bonita, com 21 vitórias diante de 17 adversários diferentes, Tite não pôde sentir o gostinho de bater o Santos. Gostou do 0 a 0 na Vila Belmiro, mas acabou surpreendido e levando a virada no Pacaembu, caindo por 3 a 1.
Este ano o técnico não dá muita importância para a derrota na Baixada Santista por 1 a 0 porque optou por escalar uma equipe reserva. Mas uma coisa é certa: ele já estuda uma fórmula para parar Neymar, para ele o diferencial das semifinais. "O País tem 12, 13 equipes com condições de brigar por títulos como o do Brasileiro. O diferencial é que uma tem um atleta acima do normal", não se cansa de dizer ao falar de Neymar. O jovem é quem mais tira o seu sono.
Até o dia 13, data de confronto de ida, serão apenas dois jogos pelo Brasileiro, contra Atlético-MG, domingo, e Figueirense, dia 7. Tite não pensa em poupar titulares nos confrontos, nos quais espera armar o time já pensando no Santos e em seu sonho de chegar a uma decisão da Libertadores pela primeira vez após oito tentativas. "Qualquer coisa menor que a final não me deixaria satisfeito."