O técnico Tite voltou a exaltar o espírito solidário dos jogadores do Corinthians, após a goleada por 4 a 0 sobre a Ponte Preta neste domingo. Ele disse que, depois de um início bastante ruim de jogo, os atletas souberam se doar para que o time equilibrasse a partida e, a partir daí, construísse a vitória em Campinas.
Terminado o jogo e com a classificação para a semifinal do Paulistão assegurada, Tite tratou de conter a empolgação do elenco corintiano. No vestiário, pediu aos jogadores que não se sintam numa zona de conforto e continuem se aplicando ao máximo.
"Uma das grandes lições que Borussia e Bayern de Munique nos deram recentemente, mas principalmente o Bayern, é que se o Ribery tiver de vir até atrás para marcar e não deixar o lateral no dois contra um, ele fará. Pois sabe que na frente tem Muller e Robben que decidem", disse Tite, dando como exemplo os times alemães que brilham na Liga dos Campeões da Europa. "O futebol tem uma mecânica que cada um, em algum momento, vai precisar de auxílio."
O treinador, porém, não tira dos jogadores o direito de comemorar a goleada. "Temos de ficar felizes", afirmou Tite. "Mas o nível técnico e a competitividade têm de se repetir no próximo jogo. Eu sei que vão dizer que eu sou chato, mas esse é o meu papel."
Para Tite, o que fez o Corinthians se achar em campo contra a Ponte foi uma mudança que fez no posicionamento do time, trocando Danilo e Emerson de lado. Mas ele considera que o placar foi muito dilatado. "Não condiz com a campanha das duas equipes. Foi construído pela vantagem de um jogador a mais. A expulsão do Baraka determinou a goleada", avaliou.
O treinador admitiu que ficou surpreso inicialmente com o cartão vermelho dado ao volante da Ponte. "Na hora eu não vi, mas depois verifiquei que ele pisou no Romarinho depois de os dois terem caído", contou Tite.