Tite, enfim, entrou no clima do Mundial de Clubes da Fifa. Depois de garantir a pontuação necessária para afastar qualquer risco de queda no Brasileirão, o treinador deu o pontapé inicial na preparação do Corinthians para o aguardado torneio a ser realizado no Japão, em dezembro.
"Estava no domingo em casa e, de repente, caiu a ficha. Cara, agora tudo é Mundial. Agora a adrenalina sobe e é tudo Mundial", repete o treinador, nesta terça-feira. "A preparação é total, é a cada momento, é passo a passo. É um grupo, uma equipe de trabalho que vai se mostrar dentro de campo. A partir deste momento, a gente está com todos à disposição e começa uma preparação específica para o Mundial".
Por estar apenas no início da preparação, Tite evita projetar o futuro time titular de dezembro. "Ainda não tenho [a equipe formada]. A experiência me mostrou que o campo tem que falar mais. A bola fala, o jogo fala", afirmou, ao admitir a queda de rendicmento da equipe após o título da Libertadores. "Se tivesse terminado a Libertadores e tivesse mantido o nível alto, aquela seria a equipe que iria jogar".
Tite reconhece que terá mais trabalho para definir o setor ofensivo, se vai jogar com dois armadores ou três atacantes. "Esta mais em relação com a linha de frente e o homem na frente, sim. Essa briga está mais acirrada", admite.
O treinador evita fazer previsões até sobre a lista de 35 inscritos no Mundial. Apesar da lesão confirmada nesta terça, ele manteve as chances do jovem Denner viajar com o time para o Japão. "Se tiver possibilidade, vai ficar na lista. Terão ainda mais alguns jogadores da base que vão complementar".
Cauteloso, Tite também não quer comentar um eventual confronto com o Chelsea na grande final do Mundial. "É muito relativo, muito prematuro. Inclusive o confronto. A história tem mostrado [zebras]. Claro que acompanhamos todos os jogos, o [auxiliar Geraldo] Dellamore foi ao vivo ver o jogo do Chelsea. Mas o meu acompanhamento é a possibilidade do Auckland, do campeão japonês, o Hiroshima ou o Al Ahly, o Esperance", diz, enumerando os possíveis rivais na semifinal.
Em uma comparação com a Libertadores, o treinador defende que o Mundial é um torneio mais imprevisível por causa do menor número de jogos. "Na Libertadores, a possibilidade de acontecer acidentes é menor, porque tem uma fase de classificação e, depois, os enfrentamentos, com ida e volta. O Mundial é meio torneio. Se você está no dia errado... Avaliar qualificação de uma equipe no Mundial é uma coisa. Avaliar em uma Libertadores é bem diferente", afirmou.