No fim de semana, vazaram escutas do ex-presidente da Associação Argentina de Futebol (AFA), Julio Grondona, em conversa com Abel Gnecco, diretor da Escola de Árbitros da AFA, insinuando influência má intencionada do árbitro paraguaio Carlos Amarilla no duelo entre Corinthians e Boca Juniors (ARG), pelas oitavas de final da Libertadores de 2013. Nesta terça-feira, o técnico Tite foi questionado sobre Amarilla e preferiu não expor o sentimento que, segundo ele, mostraria "o lado negro" do técnico.
"Nunca mais quero te ver na minha frente", disse Tite, direcionado ao árbitro, que foi afastado pela Associação Paraguaia de Futebol. Em outro momento, questionado pelo programa "CQC" sobre qual seria o recado que poderia dar a Amarilla, o corintiano se levantou e deu as costas.
Após o empate por 1 a 1 com o Boca, que eliminou o Corinthians do torneio continental, Tite foi até o centro de campo e cumprimentou Carlos Amarilla. O próprio disse em outras ocasiões que era um de seus maiores arrependimentos na carreira.
"Aquele dia foi um dia muito escuro. Não vou falar o que penso, porque não posso. O que penso vai ser digno de um processo. Não tenho condição de comprovar. A prova que tenho são meus olhos e minha experiência. O julgamento que tenho é meu, não preciso de nenhuma prova para falar do sentimento. Foi um dia escuro. A coisa bonita, que eu guardo, é o sentimento do torcedor pós jogo, aplaudindo. Depois eu assisti a todos os lances do jogo novamente. Se jogássemos até hoje, não iríamos virar e ganhar aquele jogo", disse o treinador sobre o duelo, em que o Boca saiu na frente com gol de Riquelme.
Na última segunda, o gerente de futebol Edu Gaspar concedeu entrevista no CT Joaquim Grava para dar a posição do Corinthians sobre as escutas telefônicas. Segundo o dirigente, o clube vai aguardar as investigações, mas promete colaborar e fazer de tudo para que possíveis culpados sejam punidos.