Os torcedores do Flamengo que deixaram de lado o foco na troca de técnicos para assistir ao jogo contra o Olaria, nesta sexta-feira, talvez tenham se decepcionado. Sem os jogadores que atuaram dois dias antes diante do Real Potosí, o Fla usou um time formado basicamente por garotos e não saiu de um empate sem gols, para um Engenhão quase às moscas.
O técnico Jaime de Almeida, que comandou interinamente a equipe, lembrou que o resultado foi bom considerando a inexperiência de equipe. "Nosso setor ofensivo, por exemplo, foi escalado com jogadores que ainda estão em formação. No segundo tempo eles deram uma cansada e acabaram pressionados. O Olaria chegou a criar boas chances para marcar. Mas depois voltamos a equilibrar e poderíamos até ter saído com uma vitória. Foi um esforço louvável", disse o interino, tratando do quarteto Lorran, Adryan, Thomás e Lucas.
Para o goleiro Paulo Victor, é preciso que a torcida tenha paciência com os garotos ainda mais jovens que ele. "Hoje (sexta) pesou o cansaço. E ainda tem que lembrar que muitos desses meninos fizeram a primeira partida pelo time profissional do Flamengo há pouco tempo. Teve até estreante. Todos precisam ter calma, paciência com eles. Faltou a vitória, mas vamos lutar muito para manter o Flamengo no topo da tabela e para conseguir a classificação para a semifinal", afirmou.
O jogo também marcou a estreia como profissional do garoto Matheus, de 17 anos, conhecido pela homenagem prestada pelo pai Bebeto durante a Copa do Mundo de 1994. Ele agradeceu a oportunidade. "Faltou o gol para ser perfeito. O time vinha até bem, mas acabou não conseguindo converter as chances em gol. Agradeço muito ao professor Jaime, que me deu essa oportunidade", comentou o jovem meia.