Dono da SAF Botafogo, John Textor conseguiu uma decisão favorável no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) que envolve a apresentação de provas ou indícios a respeito da acusação de manipulação de jogos do Brasileirão.
A defesa de Textor entrou com recurso e conseguiu efeito suspensivo do pagamento de multa de R$ 60 mil. O valor é fruto de uma condenação com base no artigo 220-A do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que prevê punição a quem deixa de colaborar com o tribunal.
A decisão pró-Textor ainda foi além: suspendeu o processo, a pedido dos advogados do dirigente, até que seja concluído um outro inquérito, segundo a reportagem apurou.
Esse inquérito foi aberto a pedido do Textor e envolve os relatórios da Good Game e as alegações feitas pelo dirigente alvinegro.
A suspensão do processo tira, por ora, o assunto Textor da pauta do Pleno do STJD. Ele fora condenado em primeira instância e a atitude dele seria avaliada em segunda instância.
A decisão da suspensão foi do auditor Luiz Felipe Bulus, relator do caso no Pleno.
Na decisão desta segunda-feira (20), Bulus disse que "há estreito relacionamento entre os dois procedimentos", referindo-se ao processo contra Textor e o inquérito.
Textor, por enquanto, continua suspenso, mas em razão de outro processo. Ele foi punido porque disse que havia corrupção, depois da virada que o Botafogo levou do Palmeiras, no Brasileirão do ano passado.
Já a multa que ele recebeu foi por não entregar, de início, o áudio que disse ter sobre um ex-árbitro da quarta divisão do Rio reclamando de não ter as propinas pagas.
Quando o inquérito acabar e o assunto voltar ao Pleno, Textor pode até ter a pena aumentada, já que a procuradoria recorreu por achar pouco que ele tenha sido só multado.