A instabilidade ronda Sylvinho no Corinthians. Às vésperas de enfrentar o Internacional, no Beiro-Rio, o técnico tem sua permanência no parque São Jorge posta em xeque por torcedores, conselheiros e pessoas próximas ao presidente Duilio Monteiro Alves. O momento é mais crítico do que aquele vivido pelo treinador nos dias que antecederam o clássico com o Palmeiras, na última quinzena de setembro.
A cúpula do futebol protege o treinador das críticas e garante a manutenção dele no cargo para a sequência do Campeonato Brasileiro. O contexto, no entanto, pode transformar o CT Joaquim Grava em uma panela de pressão. Isso porque o clube investiu alto para trazer Willian, Roger Guedes, Renato Augusto e Giuliano, e aposta em uma vaga direta na Copa Libertadores do ano que vem para ter exposição de marca e aumentar as receitas.
Uma derrota no jogo de domingo (24), contra o Internacional, tira o Corinthians da sexta colocação na tabela e, assim, deixa o time fora até mesmo da zona de classificação para a pré-Libertadores. Um resultado negativo, somado à uma percepção de falta de evolução da equipe por parte da diretoria e à dificuldade de Sylvinho em encontrar soluções táticas para o time, seria um prato cheio para os críticos.
Desde a chegada do treinador ao clube, em maio deste ano, este é o momento de maior pressão interna e externa. Embora a equipe tenha apenas duas derrotas nas últimas 13 rodadas, a falta de repertório apresentada em campo é levada em consideração nos argumentos de quem é favorável a uma saída. Por isso, o resultado no Beira-Rio pode ser determinante para os rumos tomados pelo Corinthians no Brasileiro.
Na semana que antecedeu o Dérbi na Neo Química Arena, o treinador enfrentou uma situação parecida, mas apostou em uma formação ousada para jogar contra o rival alviverde, conquistou a vitória e aliviou a pressão. Um cenário similar aconteceu ainda no primeiro turno, quando torcedores de diversas organizadas foram até o CT Joaquim Grava e cobraram a comissão técnica e a diretoria.