A pouco mais de uma semana da estreia no Campeonato Paulista, o Palmeiras ainda sofre para atender os pedidos de contratações feitos pelo técnico Gilson Kleina.
Dos seis nomes solicitados, apenas Fernando Prass desembarcou no Palestra Itália. Vale lembrar que Ayrton já acertara a sua contratação em agosto, com Luiz Felipe Scolari na comissão técnica.
Por causa dessa escassez de novas caras, Kleina volta a pedir agilidade à diretoria no mercado da bola, já que o comandante não tem jogadores suficientes sequer para fazer um treino coletivo.
Até as eleições presidenciais em 21 de janeiro, o Verdão sofre com as exigências do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), que pede garantias bancárias para qualquer investimento, uma vez que o presidente Arnaldo Tirone já comprometeu muitas receitas da próxima gestão.
- Já fiz mais reunião do que a ONU aqui. Foi passado uma relação desde dezembro. Respeito o momento político, a situação que foi passada para mim. Mas aqui nós temos que entender que a prática fica longe do que está acontecendo nessa transição. Se perdermos o Henrique, não temos reposição. Se perco o Juninho, não tenho reposição também. Pela grandeza do Palmeiras, temos de ser inteligentes. Não é questão de preencher o elenco, é de necessidade. Nós perdemos um tempo que não volta mais. No futebol tem que ser ágil. Se não formos ágeis, vamos ficar para trás - declarou nesta sexta-feira.
- Quando nós começamos a fazer esse planejamento para 2013, para mim foi surpresa fazer muitas mudanças e não contratamos quase ninguém. Fico muito feliz com Prass e Ayrton. Preciso enaltecer a entrega e o profissionalismo desse grupo. É enxuto, mas está fazendo tudo aquilo que foi programado. Mas o futebol hoje precisa de elenco e reposição. Temos o risco de iniciar improvisando, e isso não é o correto - completou.
Atualmente, o Palmeiras negocia para contratar três nomes: o meia Riquelme, com contrato suspenso com o Boca Juniors (ARG), o zagueiro Román Torres, do Millonarios (COL), e o lateral-esquerdo Márcio Azevedo, do Botafogo.
Embora o clube negocie com o trio, Kleina evita comentar o tamanho da importância que estes atletas teriam dentro do elenco alviverde.
- O que eu acho é que temos de ter poder de atuação. Você lê nos jornais, mas a realidade é de jogadores que ainda não estão na minha mão. E se as coisas não se concretizarem? Geramos uma expectativa e continuamos na mesma. A hora que chegar no CT eu falo do Riquelme, Márcio Azevedo e Torres. E falo com propriedade.
Sobre o meia argentino, especificamente, o treinador fez ressalvas com relação à condição física do jogador de 34 anos, que não atua há mais de seis meses, desde a final da Libertadores de 2012.
- Tem capacidade técnica que não tem nem de contestar. Sempre jogou em alto nível, em grandes equipes. E sempre correspondeu porque conquistou. Um jogador para servir a seleção argentina tem de ter muita qualidade. A observação que tem de ser feita é a capacidade clínica e física, não achar que vai ser um grande contratação. Não dá para achar que ele vai estar pronto para jogar já. É ter os altetas para jogar mais.