Dorival Júnior prometeu trazer de volta o respeito à seleção brasileira. Ainda é cedo, mas o técnico deu bons indícios nos jogos contra Inglaterra e Espanha.
Dorival teve duas grandes pedreiras e não perdeu, mesmo com vários desfalques e pouco tempo de trabalho.
O Brasil oscilou, mas venceu a Inglaterra por 1 a 0 e empatou por 3 a 3 com a Espanha. As duas são consideradas das melhores seleções do mundo.
O saldo geral é positivo. O técnico e os demais membros da comissão técnica estão felizes com o que foi conquistado até aqui.
"A simbiose vai fazer com que voltemos a ser uma seleção respeitada e muito forte. Sei que o trabalho é árduo, depende de cada um de nós, mas não tenho receio de dizer que vamos alcançar resultados. Confiem no trabalho, e trabalho não faltará para tudo isso", afirmou Dorival, na sua apresentação.
O QUE DEU CERTO?
O Brasil não se intimidou nos grandes palcos do futebol e teve inteligência para lidar com as adversidades, principalmente contra a Espanha, quando começou perdendo por 2 a 0 contra e com dois pênaltis polêmicos.
A escolha pelo goleiro Bento se mostrou acertada. O jogador do Athletico-PR foi bem em ambas as partidas.
Uma das grandes novidades, o zagueiro Fabricio Bruno também se destacou. O flamenguista foi destaque individual em Wembley e não comprometeu no Bernabéu.
Trazer Lucas Paquetá de volta funcionou. O meia do West Ham retornou após ficar fora durante investigação (ainda em curso) por suposto envolvimento com apostas e mostrou que fez falta. Ele comprovou sua polivalência ao atuar como meia, volante, ponta-direita e ponta-esquerda nos variados momentos dos amistosos.
Andreas Pereira também se mostrou uma boa opção. O meia do Fulham retornou à seleção e fez o time melhorar no segundo tempo dos jogos na Europa.
O QUE NÃO FUNCIONOU?
A defesa foi bem contra a Inglaterra, mas mal diante da Espanha, principalmente nos casos de Danilo, Wendell e Beraldo. Pesou contra uma superioridade tática do adversário na maior parte do tempo.
A seleção continua com problemas nas laterais. Vários nomes foram testados desde a Copa do Mundo de 2022 sem se firmar.
A proteção do meio também é um desafio. Bruno Guimarães é tímido em relação ao que joga no Newcastle, e João Gomes foi irregular.
Raphinha cumpre função tática importante, mas passa longe de brilhar individualmente, demonstrando por que se tornou reserva do Barcelona.
Outra barreira é fazer Vinicius Júnior desabrochar. O craque do Real Madrid não joga nem perto do que atua nas competições espanholas.
PRÓXIMOS DESAFIOS
O Brasil terá dois amistosos antes da Copa América: México e Estados Unidos, em junho.
O técnico Dorival Júnior vai manter a observação de pelo menos 50 atletas considerados selecionáveis na última Data Fifa.
O treinador e seus auxiliares assistirão várias vezes os amistosos da Europa para detectar erros e entender melhor quais foram os acertos.