A participação da cidade de São Paulo na Copa do Mundo de 2014 continua uma incógnita, e a troca de farpas entre Corinthians e São Paulo ganhou mais um capítulo nesta segunda-feira, durante um evento empresarial na capital paulista, que contou com a presença do presidente da CBF e do COL, Ricardo Teixeira.
Durante o evento, Ricardo Teixeira foi sabatinado por empresários de diferentes ramos do mercado nacional, assim como por dirigentes esportivos, e o diretor Jurídico do São Paulo, José Carlos Ferreira Alves, indagou o presidente da CBF e do COL sobre os possíveis problemas do projeto do estádio em Itaquera - do Corinthians -, como o gasoduto da Petrobrás que atravessa o local, a liberação do uso comercial do estádio, uma vez que o terreno foi cedido pela prefeitura como comodato, além de falhas no projeto arquitetônico.
Presente, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, fez gestos de desaprovação com relação à pergunta, enquanto Ricardo Teixeira a respondeu, aproveitando a deixa para rebater a diretoria do São Paulo. "O primeiro projeto [Morumbi] demorou um ano e meio e foi reprovado. Este [Itaquera] tem dois meses e já está no terceiro estágio."
De acordo com o presidente da CBF e do COL, existem cinco estágios para a aprovação de qualquer projeto para a construção de um estádio com homologação da FIFA para a Copa do Mundo. O terceiro consiste na análise de viabilização do projeto. Mudanças propostas serão comunicadas ao Corinthians no quarto estágio. Se aprovado, o projeto passa ao último estágio, que é a garantia financeira, justamente a etapa que barrou o Morumbi, no primeiro semestre deste ano.
Cooperação. Com a recusa do Morumbi, o São Paulo não planeja alugar o CCT da Barra Funda para alguma seleção durante a Copa de 2014. Já o presidente do Santos, Luiz Álvaro, não recusou a possibilidade. O Palmeiras, que terá a Arena Palestra pronta antes da competição, não enviou representante para o evento.