A Copa Libertadores impôs ao São Paulo uma dificuldade muito difícil de evitar. O clube precisou elaborar uma grande logística para encarar as mais de 24 horas de deslocamento para poder enfrentar o Trujillanos, nesta quarta-feira, na cidade de Valera, a 600 quilômetros da capital Caracas.
A maratona do time começou ao meio-dia desta segunda e termina apenas na tarde de terça. A viagem começou com um voo de sete horas até a Cidade do Panamá, onde o time ficou por quatro horas. Na sequência, o elenco embarcou para Maracaibo, a segunda maior cidade da Venezuela, onde pernoitou.
Nesta terça, no começo da tarde, pelo horário local, o São Paulo vai fazer o último trecho. Os jogadores vão embarcar em aeronaves menores para percorrer os cerca de 230 quilômetros restantes até Valera. O clube considerou que seria desgastante e mais perigoso viajar a parte final de ônibus.
O São Paulo tinha como plano inicial encomendar um voo direto até a cidade da partida, como fez na fase preliminar até Trujillo, no norte do Peru, onde enfrentou o Cesar Vallejo. Mas as autoridades venezuelanas vetaram voos fretados.
A alteração na agenda força o time a fazer apenas treinos leves até o jogo. Na segunda pela manhã a equipe realizou um trabalho rápido no CT da Barra Funda e nesta terça tem como compromisso o trabalho de reconhecimento no estádio José Alberto Pérez, às 19h30 (de Brasília).
A equipe embarcou na segunda no aeroporto de Guarulhos poucas horas depois de perder o clássico para o Palmeiras. A derrota para o rival ainda mexia com os jogadores. "A gente tem que superar sobretudo o desgaste do jogo, a viagem e tem que se recuperar bem", disse o zagueiro Diego Lugano.
O elenco viajou sem Michel Bastos, que sentiu lesão na coxa direita, e sem Calleri, que está suspenso e vai dar lugar para Alan Kardec. A equipe ainda não venceu na fase de grupos da Libertadores. No último jogo empatou com o River Plate, em Buenos Aires.
A pressão pelos maus resultados recentes aumenta a cobrança para que mesmo com a longa viagem, o time retorne com uma vitória. "Não há margem de erro. Não tem outra alternativa que não seja ganhar", afirmou Lugano.