O empate desta quarta-feira em 1 a 1 com o Trujillanos, em Valera, na Venezuela, fez o São Paulo fechar o primeiro turno da fase de grupos da Copa Libertadores com a pior campanha da sua história. Os dois pontos ganhos em três rodadas deixam o time com apenas 22% de aproveitamento, rendimento abaixo até mesmo do registrado em 1987, último ano em que o clube caiu logo na etapa inicial. Na ocasião, após três partidas, o aproveitamento era de 33%.
O São Paulo estreou na fase de grupos contra o The Strongest, no Pacaembu, com uma derrota por 1 a 0. Depois, fez duas partidas fora de casa e em ambas empatou por 1 a 1. O resultado contra o River Plate, em Buenos Aires, deixou o time contente, mas o mesmo placar fora de casa contra a equipe venezuelana fez o elenco ficar insatisfeito. "O time não finaliza. Isso me preocupa", disse o técnico Edgardo Bauza.
O clube disputa a competição pela 18ª vez, número que nenhum outro time brasileiro alcançou. O tricampeão do torneio tem ainda três vices, mas nesta temporada amarga o jejum de vitórias na fase de grupos.
O alento para o São Paulo é poder fazer dois dos três jogos do returno como mandante. A equipe recebe na sequência o Trujillanos e o River Plate. "A conta é essa agora: temos que pontuar mais nas próximas partidas. Não há outra maneira de nos mantermos na disputa se não for desta forma", afirmou Bauza. Na última rodada o compromisso será fora de casa, contra o The Strongest, em La Paz.
RECORDES NEGATIVOS - A atual edição da Libertadores levou o São Paulo a ter quebrado dois tabus negativos. Pela primeira vez na história da competição o clube perdeu pontos para adversários venezuelanos. Nas quatro partidas anteriores, foram quatro vitórias. Outro vacilo foi perder pela primeira vez como mandante para times bolivianos.
Em 17 de fevereiro, no Pacaembu, o time do Morumbi foi derrotado por 1 a 0 pelo The Strongest. "A situação ficou complicadíssima. Se quiser classificar, tem de vencer os três jogos, não resta alternativas", afirmou o meia Ganso.