Futebol

São Paulo perde jogo, liderança e invencibilidade

23 mar 2011 às 23:59

Sem Lucas, servindo à seleção brasileira pela primeira vez, a torcida são-paulina temia que o time perdesse em ofensividade. Nesta quarta-feira, porém, o São Paulo manteve o poder de criação, mas sentiu a falta do zagueiro Rhodolfo, machucado. Após ficar quatro jogos sem sofrer gols, o time tricolor levou três do Paulista em Jundiaí, perdeu por 3 a 2, e deixou a liderança do Paulistão. Quebrou ainda uma série de oito jogos sem derrota.


Com o tropeço do São Paulo, o clássico contra o Corinthians, que valeria a liderança do estadual, no domingo, agora serve ''apenas'' para tentar ultrapassar o rival - agora primeiro colocado - e quebrar um longo jejum no dérbi. O time do Morumbi é apenas o terceiro no Paulistão, com 31 pontos, atrás também do Palmeiras, e à frente do Santos no saldo de gols. O Paulista é agora o sétimo, com 24 pontos, passando o Oeste.



O clássico em Barueri também terá como atrativo a proximidade de Rogério Ceni fazer o seu centésimo gol. Nesta quarta-feira, ele marcou o 99.º, em uma cobrança de pênalti na segunda etapa. Antes do intervalo, quando o jogo ainda estava 1 a 0 para o Paulista, o São Paulo reclamou muito de uma penalidade clara não marcada sobre Fernandinho.



O JOGO - Desde que Rhodolfo chegou ao São Paulo, o time não havia mais perdido. Em oito jogos, o time só levou gol em dois. Nesta quarta-feira, porém, o ex-jogador do Atlético-PR não pôde entrar em campo por conta de uma lesão. Em dois minutos sem o zagueiro, o time levou um gol. Weldinho arriscou de fora da área, a bola quicou antes de Rogério e bateu no braço dele, voltando para a área. Fabiano aproveitou o rebote e, mesmo desequilibrado, empurrou para gol.



O São Paulo não se assustou com o gol. Mesmo sem Lucas, o time tinha bom ritmo ofensivo, trocando passes rápidos entre Marlos, Fernandinho e Dagoberto. Perigo constante para a zaga do Paulista, mas não para o goleiro Tiago Alves. As chances perdidas foram várias, principalmente com Fernandinho, que desperdiçou três boas oportunidades de marcar.



Vendo que o placar era reversível, Paulo César Carpegiani mexeu no time. Tirou Casemiro, muito mal, e colocou Ilsinho. Jean foi para o meio, mas o time continuou com três zagueiros - Xandão, que deveria ser lateral-direito, não apoiava. Antes da substituição, porém, o São Paulo poderia ter empatado o jogo, não fosse um erro grosseiro do árbitro Flávio Rodrigues Guerra. Fernandinho entrou driblando na área, recebeu o calço de dois marcadores, caiu, mas o pênalti claro não foi marcado.



Logo em seguida, o Paulista ampliou, no seu terceiro chute a gol. Weldinho recebeu pela direita, nas costas de Juan, e bateu rasteiro. Chute preciso, sem chances de alcance para Rogério Ceni se redimir.



Sempre melhor em campo, o São Paulo só conseguiu descontar aos 6 minutos do segundo tempo. Ilsinho, até então sumido, entrou driblando na área e foi derrubado. Rogério Ceni bateu o pênalti no canto esquerdo e fez o seu 99º gol na carreira.



Quando parecia que o São Paulo finalmente buscaria a merecida vitória, o Paulista voltou a atacar. E a marcar. Weldinho mostrou visão de jogo e encontrou Vanderlei no meio dos dois zagueiros tricolores. O atacante recebeu, dominou com tranquilidade, e bateu no meio das pernas de Rogério Ceni. Em seguida, o time da casa poderia ter feito o quarto e matado o jogo, mas Fabiano foi mal e desperdiçou.



Mais uma vez mostrando arrojo, Carpegiani voltou a fazer uma modificação ofensiva. Colocou Henrique em campo, tirando o lateral-esquerdo Juan - que, suspenso, não pega o Corinthians. Com um homem de área, Fernandinho começou a jogar mais como ponta e, aos 25, ao seu estilo, chegando à linha de fundo, criou o segundo gol são-paulino, marcado por Dagoberto.


Até o final do jogo, o São Paulo só atacou. Tentou alçar bolas na área, chegar pelas laterais, arriscar de fora. Até Rogério bateu falta no campo de ataque com chuveirinho. Miranda saiu, Júnior César entrou, mas o placar permaneceu igual.


Continue lendo