O São Paulo perdeu uma grande chance, nesta quinta-feira, de ficar muito perto da decisão da Copa Sul-Americana. O time brasileiro desperdiçou muitas chances de gols e só ficou no empate com a Universidad Católica por 1 a 1, no estádio San Carlos de Apoquindo, em Santiago, no Chile, pela partida de ida das semifinais da competição.
Na próxima quarta, no estádio do Morumbi, o São Paulo terá a vantagem de jogar pelo empate sem gols. Os chilenos avançarão se conseguirem a igualdade por dois ou mais gols. Novo 1 a 1 levará a decisão para a disputa por pênaltis. Quem vencer, avança para encarar na final o ganhador do duelo entre Tigre, da Argentina, e Millonarios, da Colômbia.
Em campo, o São Paulo foi melhor, criou muitas oportunidades e conseguiu o seu gol com o zagueiro Rafael Toloi, aos 21 minutos do primeiro tempo. Com a vantagem e mais espaços para contra-atacar, mais chances foram perdidas e o castigo veio com o gol do atacante Castilho, aos 24 minutos da segunda etapa.
O JOGO - Não houve a pressão inicial que o técnico Martin Lasarte, da Universidad Católica, havia prometido. A culpa não foi dos 15 mil torcedores que lotaram o estádio. E sim dos atacantes, que se livravam logo da bola e finalizavam sempre de fora da área, como o chute de Pizarro, que foi parar no pé da Cordilheira dos Andes, o cartão-postal da cidade, aos 32 minutos. Com lances assim, não há caldeirão que ferva.
Além das dificuldades na saída de bola, os zagueiros chilenos marcam sempre a bola, não os jogadores. Assim, assistiram a uma jogada improvável no gol do São Paulo: o zagueiro Rhodolfo cruzou para o outro defensor, Rafael Toloi, que fez 1 a 0, aos 21 minutos do primeiro tempo.
O São Paulo aproveitou bem todas as limitações chilenas e teve seus méritos. Forçou o jogo em Osvaldo pela esquerda em cima de um atabalhoado Martínez e conseguiu calar o estádio em três chances claras, duas na etapa inicial e uma no segundo tempo, logo aos 11. O goleiro Toselli, o melhor defensor da equipe, impediu o placar esticado. Osvaldo também deveria ter caprichado mais. O São Paulo poderia ter definido o jogo aí só nos pés dele.
Jadson também teve liberdade para jogar e criar. Acertou um tirambaço aos 5 minutos, que bateu na parte interna do travessão. Faltou Luis Fabiano deixar de lado as picuinhas com Parot, que resultou em um cartão amarelo para o atacante brasileiro, e jogar bola.
A conta dos gols perdidos chegou aos 24 minutos. Castillo deixou Rhodolfo deitado e conseguiu um empate improvável. O técnico Ney Franco sentiu o golpe, fechou a cara e colocou Paulo Henrique Ganso no lugar de Lucas que, apesar da gripe, foi um dos melhores em campo pelas arrancadas e dribles de torcer a espinha. O São Paulo não atacou mais e o jogo terminou empatado.