O afunilamento do Campeonato Brasileiro coloca o São Paulo entre a cruz e a espada neste domingo contra o Vitória, às 17 horas (de Brasília), no estádio Barradão, em Salvador, pela 33.ª rodada do Campeonato Brasileiro. Semifinalista da Copa Sul-Americana, o time tricolor também tem chances no torneio nacional e pode reduzir a distância para o Cruzeiro para dois pontos, dependendo de combinação dos resultados. Resta saber se vai arriscar tudo nas duas frentes ou se irá preservar o elenco para a competição internacional.
Se quiser ter alguma chance de tentar alcançar o líder nas seis rodadas que restam do Brasileirão, a única alternativa é vencer em Salvador. Apesar de os mineiros ainda desfrutarem de certo conforto na tabela de classificação, têm sofrido para conseguir suas vitórias e já não intimidam tanto os rivais, o que dá ao São Paulo esperança de reação no último sprint.
A grande dúvida é se o time tricolor terá condições físicas para isso. Neste domingo, a equipe chegará à marca de cinco partidas em 14 dias e o grupo voltou extenuado do Equador após a derrota para o Emelec na última quarta-feira. No segundo tempo do jogo ficou visível que "faltou perna" para os jogadores e Alan Kardec chegou a dizer que voltaria "morto" para o Brasil.
"Os jogadores estão esgotados, depois do jogo dava pena. Estávamos levando na boa vontade e determinação dos atletas em insistir mais um pouco, mas chegamos no limite. Além de jogar três jogos numa semana, tivemos uma semana dura com as viagens. Isso arrebenta", afirmou o técnico Muricy Ramalho.
Desta forma, descobrir o time que Muricy Ramalho vai mandar a campo é exercício de futurologia. Oito atletas disputaram os quatro últimos confrontos e são os que mais preocupam: Rogério Ceni, Hudson, Edson Silva, Alvaro Pereira, Souza, Michel Bastos, Paulo Henrique Ganso e Alan Kardec.
A situação mais crítica é a do volante, que vem reclamando de dores no púbis e não tem substituto, já que Maicon e Rodrigo Caio estão machucados e Hudson cumpre suspensão. Michel Bastos pode ocupar o posto. Alexandre Pato e Rafael Toloi não se recuperaram de contusão, o que diminui ainda mais a margem de manobra do treinador para descansar alguns atletas.
A tendência é que o time seja o mesmo dos últimos jogos e só quem não tem mesmo condições fique fora. "Precisamos de bom senso, porque uma hora o jogador não rende, pois o futebol é muito físico", emendou Muricy Ramalho.