Um dia após a saída de Ronaldinho Gaúcho do Flamengo, o São Paulo rejeitou nesta sexta-feira qualquer possibilidade de negociação com o jogador. Nem dirigentes, nem comissão técnica demonstraram interesse pelo atleta, apesar de o clube ter entrado na briga pela sua contratação em 2011.
"O Ronaldinho, quando aceitou ir para o Flamengo, fez uma opção de vida, que não seria mais um atleta", afirmou um dirigente do clube que pediu para não ser identificado. "Ele nos interessaria se estivesse disposto a ser um atleta, se tivesse comprometimento", reforçou.
O dirigente confirmou que o clube negociou em segredo com Assis, irmão e empresário de Ronaldinho, no ano passado. A opinião sobre o atleta, contudo, mudou no clube. O São Paulo não estaria disposto a contar com ele nem mesmo por um salário mais baixo.
O técnico Emerson Leão, que trabalhou com Ronaldinho no Grêmio, também não demonstrou interesse no pentacampeão mundial. "Nunca trabalhei com o Ronaldo de uma forma mais efetiva. Quando dirigi o Grêmio, ele era muito jovem e foi por pouco tempo. Nesses últimos anos ele vem sofrendo um desgaste muito grande, mas é problema dele, da família, dos empresários e dos clubes que o contrataram", declarou.
Apesar dos problemas extracampo, o treinador disse que Ronaldinho não deverá ficar desempregado por muito tempo. "Sempre existe alguém que vai depositar confiança. Soube que ele pediu R$ 40 milhões. Nós não temos esse dinheiro, não. Eu não o indicaria, até porque ele nem precisa disso, é um jogador de nível mundial", afirmou.