Na última quarta-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu o Grêmio, por atos racistas de alguns torcedores, com a exclusão do clube da Copa do Brasil. Thiago Ferreira, presidente do São Bernardo questionou o STJD por diferenciar as punições quando se trata de um clube de menor expressão.
- Sabemos que um jogo entre Grêmio e Santos envolve muito mais a mídia do que São Bernardo e Paraná, mas um atleta nosso também foi vítima de racismo, pela mesma competição, e nenhuma atitude mais drástica foi tomada. Tínhamos testemunhas e imagens, mas o Paraná continuou disputando a Copa do Brasil. Ficamos indignados e não conseguimos entender a diferença na punição aplicada no caso do São Bernardo e agora, em relação ao Santos - afirmou.
O caso lembrado por Thiago Ferreira envolveu o volante Marino, do São Bernardo, e cerca de quatro torcedores do Paraná Clube, que o insultaram no segundo confronto entre as equipes. O jogo era válido pela primeira fase da Copa do Brasil 2014.
Já no caso do Grêmio, cerca de seis torcedores do Tricolor Gaúcho insultaram o goleiro do Santos, Aranha, que foi chamado de "macaco" durante o jogo realizado na Arena do Grêmio, no Rio Grande do Sul. Uma das investigadas no inquérito policial, Patrícia Moreira foi a delegacia nesta quinta para depor e disse que apenas cantava a palavra "macaco" como parte de uma das músicas da Geral do Grêmio.