O jogo entre Santos e Flamengo, no domingo, pode não ter sido o último de Neymar com a camisa santista. Nesta segunda-feira, Odílio Rodrigues, presidente em exercício do clube, afirmou que vai pedir a liberação do atacante junto à CBF durante o período de treinamentos da seleção brasileira para a Copa das Confederações.
Odílio afirmou, em entrevista à Sportv, que espera fazer a despedida oficial de Neymar na partida contra o Grêmio, no dia 1º de junho, véspera do amistoso do Brasil com a Inglaterra, no Maracanã, no Rio de Janeiro. A partida entre Santos e Grêmio será disputada na Vila Belmiro.
Para o dirigente, será a oportunidade de Neymar jogar pela última vez diante da torcida santista, uma vez que o jogo de domingo, contra o Flamengo, foi realizado no Estádio Nacional de Brasília. O clube havia negociado o mando de campo da partida com o governo do Distrito Federal há alguns meses, quando a saída de Neymar ainda não era certa. Desta forma, o time perdeu a chance de fazer a despedida do jogador na Vila Belmiro.
Para compensar isso, a diretoria santista vai apelar à CBF para liberar o atacante para entrar em campo no jogo válido pela segunda rodada do Brasileirão. O plano, porém, tem poucas chances de dar certo porque a CBF já vai permitir que o atleta deixe a seleção de forma provisória para acertar os detalhes de sua contratação com o Barcelona, na Espanha, nos próximos dias. Neymar vai se apresentar com o restante da seleção nesta terça, no Rio.
Odílio Rodrigues reforçou nesta segunda que o Santos tentou manter o atacante, apesar das propostas elevadas de clubes europeus. "O Santos tentou mantê-lo. Procuramos o pai dele e o fizemos proposta para que Neymar ficasse além julho de 2014. Buscamos até elaborar uma engenharia [financeira] para que essa proposta fosse viabilizada", declarou, referindo-se ao fim do atual contrato do atacante, no meio do próximo ano.
"Ficou muito claro para a gente que o pai de Neymar tinha propostas que nenhum time brasileiro tinha como competir", afirmou Odílio, reiterando o interesse do atacante de jogar na Europa. "Então ele deixou claro que ele não ficaria além de 2014."
O dirigente disse ter ficado satisfeito com a negociação, mas não deixou de lamentar a saída do atleta. "É um dia triste para o futebol brasileiro. Mas temos a consciência tranquila de que fizemos o possível com o Neymar, contrariamos expectativas da lei do mercado e formamos uma parceria vitoriosa com ele. Tentamos prorrogar a parceria, mas não conseguimos."
Questionado sobre os valores envolvidos na negociação, Odílio explicou que o acerto conta com cláusula de confidencialidade. "A negociação atual atende o que foi possível, mas não o ideal. Fizemos uma transação que tem cláusula de confidencialidade. Os valores não podem ser revelados. Acredito que fizemos uma negociação adequada, na avaliação do Santos."