Apesar da grave crise financeira em que se encontra, o Santos está disposto a pagar integralmente os salários do atacante Robinho para mantê-lo no clube após o final do seu empréstimo, em julho. Hoje, o salário é dividido com Milan, dono dos direitos federativos do atleta.
Para estender o empréstimo, o Santos pretende antecipar 40% da cota do patrocínio master da empresa chinesa de tecnologia Huawei, que estampará sua marca nas camisas do clube em 2015. Os chineses pagarão R$ 18 milhões, e o clube negocia a antecipação de R$ 7,2 milhões do total. Outra saída é antecipar os R$ 80 milhões de cotas de transmissões de 2016 - as de 2015 já foram utilizadas.
Robinho é considerado o jogador mais importante do elenco atualmente. Do ponto de vista técnico, ele é a referência do treinador Enderson Moreira; do ponto de vista mercadológico, ele é um dos poucos atletas do elenco capaz de atrair patrocinadores e público.
Na última quarta-feira, o presidente Modesto Roma Junior iniciou as conversações para estender o contrato em uma reunião com os representantes do atleta e saiu do encontro animado. A ideia é que o craque permaneça até a metade 2016. Os representantes do jogador confirmam que o Santos fez uma consulta e apresentará uma proposta formal. Estiveram na reunião da última quarta-feira, na Vila Belmiro, o presidente Modesto Roma e o diretor executivo do Santos, Dagoberto Santos, além dos representantes de Robinho - a advogada Marisa Alija Ramos e o pai do jogador, Gilvan de Souza.
Uma cláusula no contrato de Robinho, no entanto, preocupa os santistas. Ele pode deixar o País caso o clube italiano receba uma oferta nesta janela de transferências. Até agora, Robinho não recebeu propostas oficiais.
Assim como o restante do elenco, o atacante está com três meses de salários atrasados, completados nesta semana, além de pendências nos direitos de imagem. O pagamento do 13.º salário também não foi realizado. A diretoria promete colocar os pagamentos em dia brevemente.