O Santos precisa da vitória contra o vice-lanterna Criciúma, neste domingo, às 18h30, no estádio Heriberto Hulse, em Criciúma (SC), pela 29.ª rodada do Campeonato Brasileiro, para subir na tabela de classificação e, se for ajudado pelos resultados de seus concorrentes da parte de cima, ficar mais próximo do sonho de entrar no G4.
Depois de oscilar demais, o time chega nesta rodada em um bom momento, com a melhor campanha do returno (16 pontos somados em oito jogos) e com tendência de crescimento, após ganhar quatro partidas seguidas - três do Brasileirão -, inclusive contra o Flamengo, no estádio do Maracanã, no Rio.
O mérito pela evolução santista deve-se muito ao técnico Enderson Moreira, que, mesmo com dois jogos por semana desde a sua chegada e sem tempo para treinamentos táticos técnicos, implantou a sua forma de dirigir, não se limitando a trabalhar com 11 titulares. Em 10 jogos, o novo comandante usou 10 formações diferentes, em nome da promessa de dar oportunidade a todos os atletas, além da necessidade de trocar jogadores por desgaste, principalmente os atacantes que passaram a ser mais participativos na marcação.
Enderson Moreira não antecipou se vai mudar a equipe que derrotou o Bahia, na última quinta-feira, na Vila Belmiro. Se ele se basear pelo futebol de saída rápida de trás para o ataque e com muitas oportunidades de gols criadas do primeiro tempo, deixa como está. O mais sério problema dele é contornar a divisão entre jogadores de ataque e de defesa, após o sufoco que o time sofreu nos minutos finais, quase deixando escapar a vitória que se desenhava como de goleada, mas que ficou no 1 a 0.
Os líderes Edu Dracena e Arouca saíram de campo cobrando seriedade e comprometimento dos atacantes, que, segundo o zagueiro, se preocuparam mais em jogar bonito, com a intenção de aparecer para o torcedor. O treinador falou duro com o time ainda nos vestiários e acredita que o episódio foi superado.
Ainda sem Aranha, Robinho, Mena e Alison, é provável que Enderson Moreira repita, pela primeira vez, a formação do jogo anterior para continuar na sua cruzada pela recuperação de Leandro Damião e na esperança de que o argentino Patito Rodriguez se torne uma opção interessante, como atacante pela esquerda que volta para ajudar, com qualidade, Lucas Lima na armação.
Geuvânio não foi bem diante do Bahia por exagerar no individualismo, mas não corre risco de voltar para a reserva porque, com a queda de produção de Gabriel, é a principal arma ofensiva do time.
Sétimo colocado, com 42 pontos (14 atrás do virtual campeão Cruzeiro), o Santos não pensa no título do Brasileirão, mas vem se aproximando de Atlético Mineiro, Corinthians, Grêmio e Internacional, fortes candidatos à classificação para a Copa Libertadores de 2015. Embora já esteja com um pé nas semifinais da Copa do Brasil, por ter derrotado o Botafogo por 3 a 2 no Rio, no jogo de ida das quartas, o treinador prefere manter vivas nas duas competições as chances de se garantir na competição continental do ano que vem.