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Campeonato Brasileiro

Santos derrota o Palmeiras em prévia da final da Copa do Brasil

Agência Estado
01 nov 2015 às 20:25

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O coro de 11 mil santistas soou forte após o triunfo deste domingo sobre o Palmeiras, por 2 a 1, na Vila Belmiro, com uma motivação principal: o time recuperou a vaga no G4 e afastou o adversário da briga. Foi a 15ª vitória seguida do Santos na Vila. Para a Copa do Brasil, torneio que os rivais vão decidir a partir do dia 25 de novembro, a disputa está aberta. O Palmeiras pressionou no final e poderia ter empatado. O coro santista foi também de alívio.

O Palmeiras fez uma marcação bastante inteligente. Grudou Thiago Santos em Lucas Lima, o cérebro santista, e ordenou que Thiago Sales seguisse Marquinhos Gabriel, o plano B da criatividade santista. Pela esquerda, Robinho bloqueava os avanços de Zeca. Além de tudo isso, impediu que o time rival armasse as jogadas desde a troca de bola com os zagueiros, lá atrás. O Santos era obrigado a fazer um jogo sempre esticado, quase sempre forçado, fora de suas características.

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Para o time alviverde, também era importante desacelerar o jogo, transformar cada arremesso lateral em uma pendenga diplomática. O Palmeiras picou e esfriou a partida. Não inventou a roda, apenas fez o arroz com feijão diante de um time rápido e habilidoso, que é praticamente imbatível em casa.

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O repertório do Santos, no entanto, é variado. Com os protagonistas bem marcados, o time apostou nos coadjuvantes. Na primeira vez em que Robinho não acompanhou Zeca, o lateral chegou à linha de fundo e cruzou de cabeça erguida para Thiago Maia. O volante, um das principais revelações da temporada, jogador que marca e chega para finalizar, bateu de primeira: 1 a 0. Mesmo marcados, Lucas Lima e Ricardo Oliveira participaram bem do lance.

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A preocupação excessiva com a defesa havia deixado o Palmeiras capenga para atacar. Robinho e Dudu tiveram dificuldade para abrir a defesa santista. Uma boa chance só saiu aos 40, quando Thiago Sales finalizou, a bola desviou na zaga e acertou o travessão.


A oportunidade nasceu de um lance em que Daniel Guedes estava caído, mas o Palmeiras não parou o jogo. A rigor, falta de fair play. Erro que o Santos já havia cometido lances atrás. Esse parêntese ilustra como o jogo estava pegado e tenso. Ricardo Oliveira e Prass levaram para a Vila uma rivalidade pessoal que havia começado no jogo do primeiro turno; Zé Roberto deu um carrinho em Gabriel que merecia vermelho, mas ficou apenas no amarelo.

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Nos acréscimos do primeiro tempo, as duas equipes jogaram fora chances inacreditáveis. Gabriel Jesus aproveitou um chutão e escorou, mas Robinho bateu mascado, por cima. Um minuto depois, Gabriel perdeu uma chance com o gol vazio, depois de ter driblado Prass.


Esses dois lances foram importantes, porque foram uma prévia do desenho tático do jogo a partir do 1 a 0 santista. O Palmeiras sairia para buscar a igualdade e daria espaços para o contra-ataque, a especialidade do time da casa.

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O Santos foi mais eficiente nessa troca de golpes. Aos 3 minutos, Gabriel cruzou bem e Ricardo Oliveira tocou de cabeça, sozinho, para fazer seu 20º gol no torneio. Falha de marcação de Zé Roberto no lance.


O Palmeiras mostrou uma deficiência grave desde o início do jogo: a falta de finalização. Nem com 2 a 0 contra, nem com os erros na saída de bola que o Santos cometeu no segundo tempo, o time foi objetivo. A equipe ficou mais no ataque, mas Vanderlei, o goleiro santista, trabalhou pouco.


O Santos mostrou uma falha que ainda não havia mostrado na Vila: a displicência. Foram pelo menos três contra-ataques perdidos na etapa final. E o time acabou "punido" por não ter aberto 3 a 0. Após belo passe de Barrios, Dudu diminuiu: 2 a 1.

O jogo mudou. Pela primeira vez em muitas partidas na Vila, o Santos se viu acuado e intranquilo. Falhou na defesa e permitiu a pressão do Palmeiras. Chance clara foi apenas uma, quando Dudu dividiu com Vanderlei, mas o Santos correu riscos, algo que incomodou a torcida e que mostra que o resultado deste domingo não pode ser considerado como um prognóstico da final da Copa do Brasil.


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