Futebol

Salário de Neymar é o dobro da folha do Peñarol

22 jun 2011 às 10:37

Nos últimos meses, Neymar se tornou um dos jogadores mais cobiçados do futebol mundial. Nas últimas semanas, Martinuccio, do Peñarol, entrou na mira do Palmeiras e, com a boa campanha na Copa Libertadores, de outros clubes do Brasil e também da Itália, como a Roma.

Entre os dois jogadores, porém, há um abismo financeiro. E nenhum atleta do Peñarol deve imaginar um dia ganhar o mesmo que o jovem santista fatura hoje. Não se continuar na equipe uruguaia. A realidade atual entre os dois times é bem diferente.


O Brasil é sem dúvida nenhuma o país na América do Sul que paga os melhores salários aos seus jogadores. A folha do Peñarol, por exemplo, pode ser comparado com a de um time de médio porte daqui. Os cerca de R$ 280 mil mensais que o clube uruguaio gasta com seu time titular está longe de ser o que Neymar ganha, em torno de R$ 500 mil. A folha total do clube uruguaio não chega aos R$ 700 mil, considerando-se aí os reservas e todas a comissão técnica.


Martinuccio recebe cerca de R$ 30 mil no Peñarol e, se contratado pelo Palmeiras, terá aumento de pelo menos 500% - valor que não ganharia em um clube uruguaio, paraguaio ou chileno.


"Isso é um problema do país, que é pequeno", diz o presidente do Peñarol, Juan Pedro Damiani. "O Uruguai tem 4,5 milhões de habitantes, o Brasil tem 200 milhões. É normal que pague o que paga a um jogador."


Vencer a Libertadores significará ao Peñarol lucro de R$ 3,2 milhões, prêmio dado ao campeão - dinheiro que paga quase 10 meses de salários do elenco.


O Peñarol, porém, se diz bem financeiramente e não economizou na estadia em São Paulo, hospedando-se num luxuoso hotel 5 estrelas perto do Pacaembu. Nesta terça, a movimentação de torcedores uruguaios (e jornalistas) no local foi grande. O espaço reservado aos fãs do Peñarol (2 mil) deve estar lotado nesta quarta no estádio. A maioria dos torcedores já chegou ao Brasil. Muitos deles acompanharam o time na noite desta terça, no rápido treino realizado no palco da final.


Rivais modestos

Neymar já se acostumou a enfrentar times que recebem menos do que ele. O Cerro, rival na semifinal, por exemplo, tem folha de R$ 360 mil. / Colaborou Bruno Deiro


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