Maior assistente do Palmeiras no ano, com cinco passes para gol, Wesley afirmou depois do jogo com o São Caetano, em que deixou Leandro em condições de marcar no empate por 1 a 1, que era "ruim de bola". Nesta segunda-feira, na reapresentação do grupo alviverde na Academia de Futebol, o camisa 11 explicou a brincadeira, e preferiu dizer que é, na verdade, um "peão de obra".
- Isso é resenha do futebol, a gente brinca. Sei das minhas limitações, mas procuro compensar com trabalho. Falei por mim, não citei nenhum outro nome. Existe craque e existe peão de obra, que é o cara que corre para dar a bola a quem tem mais qualidade. Eu me incluo nessa. É normal a gente ver um cara que tem mais qualidade e a gente fala: 'pô, tem que treinar bastante para ficar igual a esse cara' – alegou o jogador.
Embora tenha sido uma peça importante em gols do Palmeiras nesta temporada, o meio-campista recebeu críticas de parte da torcida, especialmente após o clássico com o Corinthians, por ter tocado pouco a bola. Contra São Paulo e Paulista, ficou no banco de reservas, mas teve nova chance diante do Azulão por conta da ausência do contundido Valdivia. Apesar das reclamações que recebeu (ele chegou a ser hostilizado por membros da organizada do clube, em Buenos Aires), e ainda fora da posição que deseja atuar – segundo volante - Wesley considerou que está melhorando.
- Meu futebol está começando a aparecer, tem algumas pessoas que acabam se equivocando no que falam. Tenho a confiança da comissão técnica, estou evoluindo e tenho muito a crescer – afirmou o jogador.
Embora tenha atuado na função do chileno, o volante mostrou que não trata esta como sua grande chance para voltar aos titulares com o Gilson Kleina. Decidido sobre como quer atuar, o camisa 11 disse estar tranquilo até com seu jejum: desde que chegou no Verdão, há 22 jogos, o jogador, contratado por R$ 14 milhões no ano passado e que parou durante um bom tempo por conta de uma lesão no joelho, ainda não marcou. O número, contudo, não gera pressão maior sobre ele.
- Não me atrapalha de maneira alguma (o jejum). As coisas acontecem na hora certa, estou muito tranquilo. O importante é a equipe sair sempre com resultado positivo, independente de quem fizer o gol. Minha função é outra. Estou aí para o que der e vier, mas isso não me atrapalha – decretou.