Ídolo do clube, o técnico Rogério Ceni não garantiu a sua permanência no São Paulo após o encerramento desta temporada.
Aliviado com a vitória da sua equipe por 3 a 1 sobre o Juventude nesta segunda-feira (6), Ceni agradeceu ao clube e ao torcedor, mas demonstrou preocupação com o futuro do São Paulo, que passa por crise financeira. Embora o seu contrato tenha validade até dezembro do ano que vem.
Leia mais:
São Paulo joga por R$ 7 milhões e pode ser pivô em título e Z4
Corinthians não sente falta de protagonistas e decola com a força do grupo
Gabigol custou milhões e decidiu, mas sai de graça do Flamengo
Reeleição de Leila indica poder consolidado e vida dura para oposição do Palmeiras
"É um alívio o que foi feito hoje, mas o São Paulo merece muito mais do que passar um ano como foi o de 2021. Eu não tenho planos para 2022", afirmou Ceni, durante coletiva no Morumbi. "Nós temos mais três dias aqui ainda, e 2022 ficará para frente."
Com 48 pontos somados, o time tricolor, seis vezes campeão do Brasileiro, correu risco de amargar o seu primeiro rebaixamento.
Além de escapar da queda, o São Paulo ocupa a 13ª posição e garantiu uma vaga na próxima edição da Sul-Americana.
O time tricolor se despede do Nacional na quinta-feira (9) contra o América-MG, às 21h30, em Belo Horizonte.
"Uma coisa é você cair, outra coisa é coisa é ser rebaixado com o time que você deixou a vida toda trabalhando nele. É diferente quando se tem um vínculo. Sabia da situação difícil, não imaginava que era tão complicada, mas eu só aceitei vir porque era o São Paulo. Sinto como se fosse minha casa. Não é o lugar onde o São Paulo deve estar", disse Ceni, que encerrou a temporada passada como campeão brasileiro pelo Flamengo.
O técnico voltou ao São Paulo no dia 13 de outubro para substituir o argentino Hernán Crespo. Com o antecessor, a equipe tricolor conquistou o Campeonato Paulista após jejum de nove anos, mas entrou em crise no Nacional.
Essa é a segunda passagem do técnico no clube em qual atuou desde as categorias de base. Em 2017, em sua primeira experiência como comandante, ele dirigiu a equipe por sete meses e foi demitido em julho.
Depois de deixar o São Paulo, Ceni trabalhou no Fortaleza, no Cruzeiro e no Flamengo. Na equipe cearense, conquistou a Série B (2018), a Copa do Nordeste (2019) e o Campeonato Cearense (2019 e 2020). No rubro-negro carioca, levou o Brasileiro (2020), a Supercopa do Brasil (2021) e o Estadual do Rio de Janeiro (2021).