O Guarani é o maior entrave para o São Paulo fechar a venda do atacante Boschilia para o Monaco, da França, por R$ 34,4 milhões. O time de Campinas, que é o formador do jogador, deve levar para a Justiça uma briga para ficar com 30% dos direitos econômicos do atleta.
O Monaco e o São Paulo trocam e-mails há três meses com propostas e a negociação está avançada. O time do Morumbi detém de 50% dos direitos econômicos de Boschilia, que é dono de 20%. Já os 30% restantes são alvo de uma disputa do Guarani, que questiona a venda desta parcela para uma empresa de gestão de carreira de atletas.
Em 2012, o jogador foi para o São Paulo em negociação articulada pelo então presidente do Guarani, Marcelo Mingone. O atual ocupante do cargo, Horley Senna, questiona esta saída do atleta e principalmente a operação de venda de parte dos direitos econômicos para empresários.
Independentemente do desfecho do imbróglio, o Guarani, que vive grave crise financeira, tem direito a receber pelo menos cerca de R$ 450 mil como participação por ser o clube formador do atleta.
O impasse pode parar na Justiça e faz o São Paulo esperar para definir a saída. O clube passou a ter mais cautela depois do fracasso com o zagueiro Rodrigo Caio, que foi vendido ao Valencia e cancelou a transferência para a Espanha por problemas contratuais. O clube já vendeu recentemente Paulo Miranda, Denilson, Souza e Jonathan Cafu.