O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, cobrou nesta sexta-feira das empresas que atuam em aeroportos melhoras nos serviços prestados aos passageiros e pediu que o setor não jogue para a Copa do Mundo de 2014 os problemas que podem ser resolvidos agora. Após encontro com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, ele admitiu que o Brasil não pode garantir a mesma infraestrutura dos países que já sediaram eventos semelhantes. "A Copa será uma grande festa dentro das nossas possibilidades. Não posso garantir, nem o Brasil terá, a mesma infraestrutura da Alemanha, da Inglaterra ou dos Estados Unidos, e ninguém vai cobrar isso do Brasil. Nós teremos uma infraestrutura compatível com o nosso nível de desenvolvimento", afirmou.
Para o ministro, o governo federal está atento à questão da infraestrutura aeroportuária, mas os entraves operacionais em aeroportos, como filas no embarque e desembarque, atrasos nos voos e problemas no despacho de bagagens, precisam ser solucionados. Na opinião de Rebelo, a iniciativa privada "colabora, mas pode colaborar mais". "Esses problemas não precisam esperar 2014 para serem enfrentados e resolvidos. Eles precisam de enfrentamento imediato", disse. Ele lembrou o episódio de uma companhia aérea que, devido a uma falha no sistema, provocou recentemente atrasos em seus voos. "As empresas precisam antecipar os problemas e as soluções para casos que são previsíveis", comentou.
Rebelo ressaltou que, da parte do governo federal, os obras necessárias para a Copa estão sendo concluídas dentro do esperado e toda infraestrutura para o evento será "muito melhorada para 2014". Segundo ele, 81% das obras estão finalizadas ou em andamento, dois dos seis estádios para a Copa das Confederações este ano já estão prontos (os demais serão finalizados até abril) e os outros seis para o Mundial de 2014 serão entregues até o final deste ano. "O Brasil já está habituado a grandes eventos desde o desembarque da família real (em 1808), que foi um desembarque que não estava previsto. Nós recebemos todo mundo no Rio", lembrou o ministro, citando também eventos internacionalmente conhecidos, como o carnaval.