O modelo de gestão do Barcelona e do Real Madrid virou alvo de uma investigação da União Europeia (UE). De acordo com o "The Independent", jornal da Inglaterra, o bloco questiona e faz pesquisas sobre os rivais espanhóis há quatro anos para analisar a situação de empresas filantrópicas, ou seja, sem fins lucrativos. Por serem legalizados desta forma, catalães e merengues livram-se de diversas obrigações fiscais.
Assim como o Osasuna e o Athletic Bilbao, os clubes não são sociedades anônimas desportivas (SAD). Desta forma, do ponto de vista fiscal, eles conseguem vantagens evidentes tanto no imposto, quanto no rendimento gerado. Eles aproveitam-se de uma lei de 1990, que coloca os sócios como proprietários.
A situação voltou a ficar em evidência com o resultado de uma empresa de auditoria, a Deloitte, que colocou Real e Barça como os mais ricos do mundo. E o dinheiro gasto em contratações como Neymar, Isco, Illarramendi e as propostas merengues por Bale assustaram.
Em maio, o presidente da Comissão Europeia, o português Durão Barroso chegou a pedir um reforço nas investigações, mas ao ser questionado pelo jornal, disse que a duração depende da complexidade do caso.