O meia Michel Bastos ainda não conseguiu selar as pazes com a torcida do São Paulo. O jogador retornou ao time nesta quarta-feira, abriu o placar de pênalti na vitória por 2 a 0 sobre o Novorizontino, no Pacaembu, pelo Campeonato Paulista, mas continuou sendo vaiado, situação que fez o atleta prometer após a partida que conseguirá mudar a sua avaliação no futuro.
"Vou trabalhar, ajudar a minha equipe. Essa parte da torcida que hoje está vaiando amanhã, se Deus quiser, vai aplaudir tanto eu como a equipe", disse o jogador ao deixar o gramado. Michel Bastos foi alvo de "apitaço" quando pegava na bola e mesmo depois de ter marcado o gol no primeiro tempo continuou perseguido por parte da torcida. Antes do jogo, membros da organizada Independente voltaram a protestar contra o meia.
Nos últimos dias Michel Bastos viveu uma fase turbulenta. Chamado de "erva daninha" no Twitter por um assessor da presidência, o meia chegou a desabafar em outra rede social para esclarecer o racha no elenco sobre o pacto de silêncio pela falta de pagamento de direitos de imagem e acabou barrado no jogo do último domingo, contra o Rio Claro, por opção do técnico Edgardo Bauza.
Em seu retorno ao time, Michel Bastos disse que prefere evitar falar na polêmica. "Não vou mais rebater. Cada um age como quer. Nesse momento, tenho que pensar mais em ajudar minha equipe, trabalhar, fazer o que sempre fiz na minha carreira. Já passei por situações piores", explicou o meia de 32 anos, que em 92 jogos pelo clube tem 19 gols marcados e 18 assistências.
O meia atuou os 90 minutos contra o Novorizontino. No segundo tempo, as vaias diminuíram, embora a reação da torcida nos últimos dias tenha deixado o jogador um pouco magoado. "Surgiram muitas coisas sobre minha pessoa. Meu filho de nove anos vai à escola e os colegas perguntam se o pai dele tem feito tanta coisa errada. Vou procurar falar menos e jogar mais", afirmou Michel Bastos.