Primeiro capitão do Barcelona (são quatro), Carles Puyol pediu para conceder entrevista coletiva nesta segunda-feira. Segundo ele, queria "dar a cara a tapa" no pior momento da equipe na temporada. Depois de seis idas seguidas à semifinal da Liga dos Campeões, o Barcelona caiu na competição diante do Atlético de Madrid. No sábado, perdeu do Granada e despencou para o terceiro lugar no Espanhol, a quatro pontos do líder Atlético.
"Temos consciência de que falhamos em algumas coisas, mas posso dizer bem alto que lutaremos o máximo na final (da Copa do Rei) e nas cinco partidas que faltam no Espanhol. Ainda tem muita coisa para acontecer", apontou o defensor, que está afastado da equipe por lesão. Para ele, o Barcelona tem que esquecer o que passou e lutar pelos dois títulos que ainda são possíveis. Nesta quarta, no Estádio Mestalla, em Valência, o Barça decide a Copa do Rei contra o Real Madrid e entra pressionado pela obrigação de vencer para não jogar a temporada no lixo.
"Houve momentos em que não fomos suficientemente regulares, mas agora temos que olhar adiante. Temos uma final muito importante e temos que dar uma alegria à torcida. Com certeza ganhar em Valência nos daria muita confiança e mudaria as coisas." Para tentar reverter a situação, Puyol se esforça para tentar estar em campo no Mestalla. Ele, Piqué e Bartra estão machucados e o técnico Tata Martino não tem zagueiros para escalar.
Sobre seu futuro (anunciou em comunicado que deixa o Barça ao fim da temporada), Puyol disse que não tomou nenhuma decisão, se para ou não de jogar. "Luto a cada dia para jogar esta temporada, mas as coisas não estão saindo como eu queria."
DIRIGENTES
Para tentar amenizar a crise, o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, foi ao treino desta segunda para conversar com os jogadores acompanhado do diretor esportivo Andoni Zubizarreta.