O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, convocou uma entrevista coletiva nesta quarta-feira para explicar a comissão de 20% que a namorada dele, Cinira Maturana, recebe nas negociações concluídas com o clube. O mandatário iniciou a entrevista afirmando que querem denegrir a imagem da sua administração e negou conflito de interesses.
"Fui ao Conselho e disse que existia um contrato do São Paulo Futebol Clube com a Cinira Maturana. O contrato está aqui e foi assinado em maio desse ano. Esse contrato não é diferente de inúmeros que o São Paulo e qualquer clube têm no futebol", afirmou o mandatário no Estádio do Morumbi.
O contrato com a namorada tem rendido críticas a Aidar dentro do São Paulo. Mesmo sem cargo efetivo, ela tem participado de reuniões importantes. Por causa da polêmica, Aidar admite rescindir o contrato do São Paulo com sua namorada. "Tenho três filhas, três netos. A integridade do nome do meu pai eu vou preservar. Não vou aceitar acusações dessa natureza. A Cinira é sim minha namorada e ela não presta serviços ao São Paulo. Posso até rescindir com ela, mas precisamos conversar", disse.
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Essa é a segunda grande polêmica na qual o mandatário são-paulino se envolve nesta semana. Na segunda-feira, o presidente afirmou ao Estado de S. Paulo que o ex-presidente Juvenal Juvêncio havia deixado o clube endividado e que o relacionamento entre os dois havia deixado de existir. Durante a entrevista coletiva, o presidente são-paulino se exaltou ao se referir ao ex-presidente.
"As pessoas precisam entender que quando acaba o mandato, (elas) não mandam mais, não mandam mais", disse o cartola, batendo na mesa. "Tenho mandato até 2017 e vou cumprir. Estou cansado de ouvir besteira de duas ou três pessoas que ficam puxando o saco do ex-presidente. É a última vez que falo desse senhor. Quem não quiser, que saia dessa diretoria", ameaçou Aidar.