Futebol

Presidente do São Paulo detona gestão de Juvenal: 'Pior do que eu imaginava'

10 set 2014 às 14:27

Carlos Miguel Aidar chegou à presidência do São Paulo com o apoio irrestrito de Juvenal Juvêncio, que o lançou como sucessor. No entanto, a parceria não impediu que o atual mandatário do clube criticasse o antecessor. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada nesta quarta-feira, Aidar detonou a gestão de Juvenal, do modo como o antigo comandava ao estado que deixou o clube.

- Encontrei o São Paulo muito pior do que imaginava, com pessoas acostumadas a vantagens. Viagens para diretores, conselheiros, passagens, hospedagens. Eu vendi 20 carros. Serviam para quê? Diretor com carro e motorista por conta do clube... Meu carro está aí na porta, eu dirijo. O São Paulo parou no tempo - disse Aidar em entrevista ao jornal.


O cartola não parou por aí, segundo ele relata, o clube está pagando mais de R$ 2 milhões por mês com dividas bancárias. Aidar afirma estar "fazendo milagre" para dar conta do recado mas que mesmo assim, não deixa atrasar salários.


- Peguei o São Paulo com R$ 109 milhões de divida. Aumentei R$ 22 milhões que é a contratação do (Alan) Kardec e o imposto sobre ela. Vou compensar agora, recebendo € 5,4 milhões pelas vendas de Douglas e Lucas Evangelista. O São Paulo é um clube viável? É. Mas gastou mais do que podia. Estou fazendo milagre, pago R$ 2,3 milhões por mês de juros bancários. Não bastasse tudo isso, tenho fogo amigo. Até o fim do ano que vem eu equilíbrio as finanças, mas disputando título porque eu não posso vender o time e brigar para não cair. Salário eu não atrasei nenhum. - disse o presidente, que falou ainda que os bichos referentes aos dois últimos meses serão quitados nesta quarta.


Nem Juvenal Juvêncio, aliado político e ex-presidente do clube escapou das críticas de Aidar. Juvenal ainda faz parte do clube e é o diretor de futebol amador, além de comandar as categorias de base do CT de Cotia. Mas Aidar não se mostrou satisfeito com o trabalho que vem sendo realizado pelo outro cartola.

- O jeito dele gerir é ultrapassado. A base deveria produzir mais jogadores. Ela meio que se isolou, como se fosse separada. O Juvenal tem que se entrosar mais com a gestão atual. A base, é o futuro do São Paulo. Mão dá para contratar um Alan Kardec por semestre - disse.
Carlos Aidar assumiu a presidência tricolor em abril deste ano (eleito com 133 dos 140 votos apurados). Sua gestão vai até abril de 2017 e o estatuto permite reeleição.


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