Não terminou bem a reunião entre os presidentes dos grandes clubes do Rio, nesta sexta-feira, na sede da Federação de Futebol do Estado do Rio (Ferj). O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, deixou a sala antes do fim do encontro alegando que o presidente da Ferj, Rubens Lopes, ofendeu sua mãe.
"O presidente da federação se emocionou e usou até palavras de baixo calão, coisas que não posso reproduzir, ofendeu a minha mãe. Me retirei porque não posso conviver com isso", contou Bandeira de Mello. Rubinho também teria sugerido ao presidente do Flamengo fazer coisas impublicáveis com a nota oficial emitida mais cedo em conjunto com o Fluminense.
No texto, os clubes afirmavam que vão disputar o Campeonato Carioca de 2015 sob protesto, mas não se interessam mais em participar de futuras competições organizadas nos mesmos moldes. Eles criticaram a "postura ditatorial" da Ferj e, sem citar explicitamente o Vasco, faz referência à relação entre Rubinho e Eurico Miranda ao citar os "parceiros íntimos" do presidente da Ferj.
Eleito para a presidência do Vasco, Eurico conseguiu convencer a maioria dos clubes da primeira divisão do Campeonato Carioca a tabelar o preço dos ingressos do torneio, com entradas expressivamente mais baratas do que as praticadas no Brasileirão. Fluminense e Flamengo se sentiram prejudicados, porque os valores não cobrem os custos de operação do Maracanã.
Os clubes criticam o tabelamento de ingressos e o fim do "mando de campo". No Carioca, é a Ferj quem decide onde acontecem as partidas. Para as diretorias tricolor e rubro-negra, a federação "atenta contra a saúde financeira dos seus filiados". Por isso, eles sugeriram, nesta sexta-feira, a criação de uma liga de clubes, o que enfraqueceria a Ferj.