O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, disse ser "impossível" equilibrar as finanças até o fim do ano. O dirigente assumiu o clube em fevereiro com mais de R$ 310 milhões em dívidas (sem contar R$ 1,1 bilhão de empréstimo para a construção do Itaquerão) e tem dado prioridade à redução de débitos com os credores.
"Respiramos melhor que estávamos antes, mas ainda falta muita coisa para dizer que está 100%. Não vou conseguir fazer isso em 2015. É impossível", disse Roberto de Andrade.
Dentro da política de contenção de gastos, o clube não renovou os contratos dos atacantes Emerson Sheik e Paolo Guerrero. Com a saída da dupla, a diretoria economiza R$ 1 milhão de salários por mês. Mesmo assim, ainda deve direito de imagem a alguns atletas.
O técnico Tite pediu a contratação de um substituto para Guerrero, mas até agora a diretoria ainda não encontrou ninguém. "Estamos atentos ao mercado, mas está difícil. A questão não são valores. Não estamos buscando um jogador de R$ 100 mil ou de R$ 1 milhão, queremos um atleta com as características que a comissão técnica deseja e não achamos ninguém", disse.
A diretoria alega que na Série A do Campeonato Brasileiro todos os bons jogadores são caros demais ou já disputaram pelo menos sete partidas e, por isso, não podem defender outro clube. Na Série B, a avaliação é que ninguém chegaria em condições de desbancar Vagner Love e Luciano para ser titular.
Uma alternativa seria buscar alguma atleta no exterior que esteja sem contrato desde 21 de julho, data do encerramento da janela de transferência para jogadores que atuam fora do País.