Futebol

Presidente do Bayern de Munique pega três anos e seis meses de prisão

13 mar 2014 às 13:34

Uli Hoeness, presidente do Bayern de Munique e uma das pessoas mais influentes do futebol alemão, foi considerado culpado de evasão fiscal e condenado nesta quinta-feira condenado a uma pena de três anos e seis meses de prisão. O dirigente, de 62 anos de idade, foi acusado de ter sonegado 3,5 milhões de euros em impostos. Porém, quando o seu julgamento começou, na última segunda, ele próprio admitiu que os valores sonegados poderiam alcançar a casa dos 18 milhões.

Para completar, um novo documento apresentado pela promotoria de Munique apontou que ele devia um total de 27,2 milhões de euros em impostos, cifra que nem o dirigente e nem seus advogados contestaram durante o julgamento. A pena aplicada nesta quinta, porém, ainda cabe recurso, sendo que Hanns Feitgen, advogado do dirigente, já anunciou que irá apelar contra a sentença.


Acusado de sonegação, cometida por meio de uma conta secreta aberta em um banco suíço, Hoeness se apresentou à Justiça por iniciativa própria no início de 2013, com o objetivo de regularizar a sua situação e evitar a condenação à prisão. Entretanto, não teve sucesso com sua autodenúncia e amargou uma condenação justamente em um momento no qual o Bayern desfruta de enorme sucesso dentro do campo, depois de ter se sagrado campeão europeu e alemão na temporada passada do futebol europeu, antes de faturar o Mundial de Clubes da Fifa no final do ano passado.


O promotor do caso, Achim von Engel, pediu pela aplicação de uma pena de cinco anos e meio de prisão a Hoeness, alegando que a pena estaria condizente também com o fato de o dirigente não ter apresentado detalhes de seus deslizes fiscais durante o julgamento. Ele corria o risco de pegar até dez anos de prisão, sendo que o sistema judicial alemão não admite que alguém se declare culpado com a intenção de reduzir a sua pena.


Por causa das acusações que pesavam contra ele, Hoeness já chegou a colocar o seu cargo à disposição no Bayern, mas os membros do clube o convenceram a seguir na presidência, da qual ele agora deverá renunciar oficialmente.

O provável pedido de renúncia deverá marcar de forma melancólica o fim do longo vínculo que o dirigente tem com o time de Munique desde os seus tempos de jogador. Pelo clube, ele se sagrou três vezes campeão da Liga dos Campeões, levou três títulos do Campeonato Alemão e um do Mundial Interclubes. Em meio a este período, o ex-atacante ainda foi campeão europeu pela Alemanha Ocidental em 1972 e faturou a Copa do Mundo de 1974, cinco anos antes de se aposentar por causa de problemas crônicos no joelho.


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