Futebol

Presidente do Barça nega fraude na contratação de Neymar

13 fev 2015 às 16:45

O presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, voltou a negar todas as acusações de fraude na contratação de Neymar, realizada em 2013. Durante mais de três horas de audiência nesta sexta-feira, em Madri, o dirigente respondeu às acusações da Justiça espanhola e se declarou inocente, após ser indiciado por crimes financeiros.

Bartomeu, à época vice-presidente do clube, descartou qualquer participação nos contratos firmados com Neymar, jogando a total responsabilidade para o então presidente, Sandro Rosell. A crise gerada pela polêmica entorno da contratação do brasileiro, aliás, foi fundamental para que Rosell renunciasse ao cargo no ano passado.


Além da fraude, Bartomeu também negou ter cometido crime fiscal durante seu período na presidência em 2014. Ele também está sendo acusado de não pagar 2,8 milhões de euros à Fazenda Pública da Espanha em impostos pela contratação de Neymar.


"O presidente Bartomeu deu todas as explicações a respeito dos extremos sobre os quais foi perguntado", informou o Barcelona em seu site oficial. "Ele deixou claro que a vontade, tanto sua como dos dirigentes do clube, nunca teve a intenção de fraudar a Fazenda Pública."


Bartomeu deixou o tribunal ao lado de seu advogado e recusou-se a dar entrevistas. As fontes presentes no local, no entanto, revelaram que o dirigente negou ter participado da configuração dos contratos que foram assinados para a transferência de Neymar.


O real valor da contratação do brasileiro junto ao Santos tem levantado dúvidas desde que ela foi finalizada. As investigações apontaram que o clube catalão deixou de pagar à Fazenda cerca de 2,6 milhões de euros por conta de um contrato de 40 milhões de euros com o jogador. Esse contrato foi assinado em 3 de junho de 2013, mas jamais foi apresentado aos sócios ou aos fiscais de renda.


No dia 31 de julho de 2013, foi revelado mais um contrato secreto, indicando o pagamento de mais 5 milhões de euros a Neymar. Para o Ministério Público, cabia ao Barça registrar esses contratos e pagar seus devidos impostos no exercício fiscal de 2014, o que não ocorreu.

O clube ainda sonegou 234 mil euros em contratos de imagem do brasileiro e outros 11,7 mil euros por um contrato com o pai de Neymar, avaliado em 22,5 mil euros. Rosell e Bartomeu ainda são acusados de fraude e sonegação em 2011 e 2013.


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