O Corinthians tem a melhor defesa da Libertadores, com apenas dois gols sofridos em 10 jogos. Mas, no Brasileirão, o time levou os mesmo dois gols, ambos de cabeça, em apenas duas partidas. Ciente de que o posicionamento da defesa não foi bom tanto no jogo contra o Fluminense, como diante do Atlético-MG, o técnico Tite não deu moleza aos jogadores nesta quarta-feira, mesmo sob chuva fez intenso trabalho de bolas paradas para acabar com tal pesadelo.
Após um rachão descontraído, mas sob enorme precaução para evitar contusões, o técnico trocou o tradicional treino fantasma, de posicionamento dos titulares em campo, sem adversário, para "arrumar a defesa". Foram vários cruzamentos para a área com os atacantes enfrentando os defensores. Ralf e Paulinho reforçam a marcação.
Alex e Chicão se revezaram nos cruzamentos. O zagueiro aparece como opção na hora em que o time ataca. Já na hora em que é atacado ele assume o comando do posicionamento defensivo.
Nesta quarta, Tite testou o comportamento de seus defensores com adversário do outro lado para ver como o time se comporta numa situação atípica que deve enfrentar no jogo: a chuva.
A preocupação, contudo, já vem de alguns dias. Na segunda-feira, por exemplo, vários jogadores cruzavam ao mesmo tempo para que os defensores contassem de cabeça, mas na ocasião, sozinhos. Até o jovem Marquinhos, o mais baixo de setor, participou.
E, se a bola aérea defensiva é o que mais incomoda Tite, a jogada na frente virou um diferencial, como no 1 a 0 diante do Vasco, na Libertadores, com Paulinho surgindo no meio da zaga para cabeçada fulminante. Após todos os treinos, ele dedica alguns minutos para aprimorar o lance. Ralf, Paulinho, Danilo, Jorge Henrique, Élton, todos já anotaram de cabeça no ano.