Futebol

Portuguesa muda discurso e tenta incriminar o Flu

11 dez 2013 às 15:08

Depois de o vice-presidente da Portuguesa, Roberto dos Santos, dizer que a utilização irregular do meia Héverton contra o Grêmio foi causada por uma falha de comunicação - ou do STJD ou do advogado que representou o clube, Osvaldo Sestário - o responsável pelo departamento jurídico da próxima gestão, que assume em janeiro, mudou a justificativa e tentou incriminar também o Fluminense, que seria beneficiado pela possível punição da Lusa.

- O Héverton poderia ter jogado. É muito fácil: quando o tribunal notifica? No primeiro dia útil, que seria na segunda-feira. Se o julgamento foi na sexta, ele poderia jogar no domingo - disse Orlando Cordeiro de Barros, futuro vice jurídico do clube, que apresentou-se para dar entrevista coletiva no Canindé munido de um documento que, segundo ele, é capaz de provar que o Fluminense cometeu a mesma irregularidade.


De acordo com a Portuguesa, o meia Rhayner não poderia jogar contra o Botafogo, pela sexta rodada, no dia 7 de julho. Ele foi expulso contra o Goiás, no dia 9 de junho, pela quinta rodada. Rhayner, porém, cumpriu a pena automática contra a própria Portuguesa, no dia 12 de junho, em duelo adiado da segunda rodada.


O caso será julgado pelo STJD nos próximos dias. Se for considerada culpada, a Lusa perderá três pontos pela irregularidade mais a pontuação obtida no jogo contra o Grêmio (um ponto). Com quatro pontos a menos, a equipe seria rebaixada e salvaria o Fluminense.


- Não tenho dúvida de que há participação do Fluminense nisso. Quem está na Segunda Divisão hoje é o Fluminense. E não é novidade. Já fizeram isso no passado e comemoraram com champanhe - completou Orlando.


QUEDA DE BRAÇO ENTRE AS DUAS GESTÕES
Ilídio Lico, que será presidente da Portuguesa a partir de 2 de janeiro, já está trabalhando no clube. Na semana passada, negociou algumas dívidas com jogadores e interrompeu uma greve do elenco. Agora, tomou a frente para tentar salvar o clube do rebaixamento.


Manuel da Lupa, o atual presidente, nem sequer apareceu no Canindé para dar alguma satisfação. Orlando Cordeiro Barros, que ainda não assumiu como vice jurídico, foi o responsável por falar com os jornalistas. Ele mostrou desinformação sobre o trabalho de Osvaldo Sestário, advogado terceirizado que auxilia a Portuguesa há quase dez anos no Rio de Janeiro e que representou o clube no caso Héverton.


- Não posso dizer o que o colega deveria ter feito, até porque assumo no dia 2 de janeiro. Acho que ele ligou para avisar o resultado do julgamento. Ao menos espero que tenha ligado para o Manuel da Conceição Ferreira para avisar - disse Orlando.

Ele minimizou a versão do atual vice-presidente, Roberto dos Santos, de que o advogado ligou e informou que a pena foi de apenas um jogo - o que motivaria o clube a solicitar a gravação do julgamento para saber de quem foi o equívoco. Segundo Orlando, Roberto não está mais à frente do assunto.


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