A diretoria da Portuguesa apresentou na noite de terça-feira uma proposta para transformar toda a área do clube em um empreendimento comercial, que também teria uma arena com capacidade de 20 mil pessoas, substituindo o deteriorado Estádio do Canindé. Estima-se que o investimento na obra alcance a casa de R$ 2 bilhões.
Afundada em dívidas, a Portuguesa obviamente não teria como arcar com esse valor. A ideia é que investidores se responsabilizem pela obra. A Portuguesa cederia a concessão do estádio por 35 anos, ficando com parte da renda de bilheteria. Um modelo de negócio parecido com o que permitiu a construção do Allianz Parque, o novo estádio do Palmeiras.
Localizado à beira da Marginal Tietê, na área que pertence à Portuguesa, o empreendimento teria dois hotéis, um centro de convenções, um centro empresarial, um shopping, uma nova sede social, além do novo estádio.
A expectativa é que o estádio fique pronto dentro de seis anos. Antes, porém, o projeto precisa ser aprovado pelo Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), pelo Conselho Deliberativo e pela Assembleia Geral de sócios da Portuguesa.
Na reunião de terça-feira à noite, a diretoria também anunciou que chegou a um acordo com a advogada Gislaine Nunes, que representa quatro clientes com os quais a Lusa tem dívidas trabalhistas que somam R$ 50 milhões. Essas dívidas fizeram o Canindé ir a leilão, quando não teve interessados.
Pelo acordo, a Portuguesa pagará R$ 250 mil mensais aos clientes de Gislaine. O valor aumenta se a Lusa subir para a Série B. "A Portuguesa tem que mudar. Essa gestão veio para isso. Temos que fazer as coisas andarem com transparência", falou Alexandre Barros, presidente da Lusa.