Dez anos depois, o goleiro Lauro voltou a virar destaque nacional por um gol marcado e não defendido. Assim como em 3 de agosto de 2003, quando defendia a Ponte Preta, o camisa um voltou a balançar as redes contra o mesmo Flamengo nos acréscimos. E, desta vez, gol mudou o ambiente da Portuguesa, nesta quinta-feira.
Afundada na crise pelo mau começo no Campeonato Brasileiro, a Lusa viveu uma quinta-feira menos tensa, após o empate nos acréscimos contra os cariocas, por 1 a 1, em Brasília. Agora, jogadores e comissão técnica esperam que o resultado heroico renove os ânimos para as próximas rodadas.
Visivelmente emocionado, o goleiro, agora com 32 anos, evitou o clima de euforia. Para ele, o mais importante foi "o ponto conquistado". "Esperamos dar uma engrenada, que seja um up para o time", ressaltou.
A mesma opinião é compartilhada pelo técnico Guto Ferreira. "Um empate como este só tende a nos dar mais moral. Além disso, reforçou a união do grupo. Basta ver a comemoração dos jogadores", frisou o treinador, lembrando do choro do zagueiro e capitão Valdomiro.
Lauro tem propriedade para falar sobre a importância do ponto conquistado. Afinal, aquele empate com o Flamengo, também por 1 a 1, foi determinante para livrar a Ponte Preta do rebaixamento no Brasileiro de 2003. Na oportunidade, o time de Campinas terminou com 50 pontos contra 49 do Fortaleza, que acabou rebaixado. "Naquela época escapamos por um ponto. Então este ponto também pode ser precioso", explicou.
Apesar de elevar o moral da Lusa, na prática, o empate ainda não foi suficiente para resolver a situação no Brasileirão. O time do Canindé segue na penúltima colocação, com nove pontos, à frente apenas do lanterna Náutico, que soma sete pontos.
Agora, a Portuguesa busca a reabilitação contra o São Paulo, domingo, no Canindé. "Cabeceio não é minha especialidade. Aliás, nem sou bom nisso. Fico feliz por colaborar de outra maneira, mas espero me destacar pelas minhas defesas", disse Lauro.