Os dois palmeirenses baleados na estação Guainazes da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) no domingo já foram ouvidos pela Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), que investiga o caso. O próximo passo da Polícia é analisar as imagens de segurança da estação, que ainda não foram entregues, a fim de tentar identificar os atiradores - a suspeita é de que são-paulinos tenham realizado os disparos.
O caso, considerado tentativa de homicídio e provocação de tumulto, foi primeiro registrado na Delpom (Delegacia de Polícia do Metropolitano), que depois passou a investigação ao Decradi. Renato Berto Meira dos Santos, de 29 anos, levou um tiro na buchecha e foi encaminhado para o hospital de Ermelino Matarazzo. Ele, porém, acabou liberado no mesmo dia. O outro torcedor, não identificado, recebeu um tiro no pé e a Polícia não divulgou sua identidade - de acordo com eles, neste caso não é revelado o nome da pessoa, a menos que ela tenha falecido.
Ainda não foram encontrados os suspeitos de terem disparado os tiros. Segundo a Delpom (Delegacia de Polícia do Metropolitano), os palmeirenses voltavam de uma festa da Mancha Alviverde e os tricolores os aguardavam no local para o confronto. Os atiradores não utilizavam roupa de clube ou torcida organizada do São Paulo, mas segundo testemunhas eles são frequentadores do local e por isso acabaram reconhecidos. Os atiradores fugiram depois de acertarem os dois. Ainda não se tem as identidades dos suspeitos.
Apesar do confronto entre rivais, não houve jogo de nenhuma das equipes na capital paulista. O Palmeiras atuou no sábado diante do Ceará, fora de casa, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro da Série B. Já o São Paulo encarou o Botafogo, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, no domingo. As duas partidas terminaram empatadas.